Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), advertiu neste sábado, em postagem na rede social X (Twitter), que cerca de nove mil pacientes demandam transferência urgente de Gaza ao exterior, sob risco de vida.
As informações são da rede de notícias Al Jazeera.
Entre os pacientes, estão casos de câncer, traumas e lesões devido aos bombardeios, falência renal e outras doenças crônicas.
“Com apenas dez hospitais minimamente funcionais em todo o território de Gaza, milhares de pacientes continuam privados de seu direito à saúde”, comentou Ghebreyesus.
“Até então, mais de 3.400 pacientes foram transferidos ao exterior a partir da cidade de Rafah [no extremo sul de Gaza, na fronteira com o Egito], entre os quais, 2.198 feridos e 1.215 doentes”, detalhou o oficial das Nações Unidas.
With only 10 hospitals minimally functional across the whole of #Gaza, thousands of patients continue to be deprived of health care.
Around 9,000 patients urgently need to be evacuated abroad for lifesaving health services, including treatment for cancer, injuries from…
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) March 30, 2024
“No entanto, muitos outros ainda precisam ser evacuados”, acrescentou Ghebreyesus. “Instamos Israel a acelerar as aprovações às medidas, para que pacientes em estado crítico possam ser tratados. Cada instante importa”.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 32.623 mortos e 75.092 feridos, além de oito mil desaparecidos e dois milhões de desabrigados. Entre as fatalidades, são 13 mil crianças e quase nove mil mulheres.
A varredura israelense em direção norte-sul destruiu a infraestrutura civil do território palestino, incluindo escolas, abrigos, hospitais e mesmo rotas de fuga.
A cidade de Rafah é o último local de refúgio dos palestinos deslocados, saltando de 300 mil habitantes a 1,5 milhão — em uma população total de 2,4 milhões de pessoas em Gaza. Autoridades israelenses ameaçam uma invasão por terra; palestinos temem ser expulsos ao deserto do Sinai.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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