Ativistas pró-Palestina convocaram um protesto para esta terça-feira, 2 de abril, às 9 horas, contra a 5ª edição da LAAD Security & Defense, no Transamérica Expo Center, na cidade de São Paulo. O ato — com o mote “Não à Feira da Morte” — terá concentração no centro de exposições, na Avenida Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387, em Santo Amaro.
A LAAD Security & Defense — um dos principais eventos internacionais do setor, assim como sua feira homônima que acontece nos anos ímpares no Rio de Janeiro — é conhecida por movimentos da sociedade civil como “Feira da Morte”, por reunir diversas empresas e países interessados no comércio de armas e aparatos de repressão policial.
Neste ano, são 50 delegações de 35 países — incluindo o Estado de Israel e empresas implicadas diretamente no genocídio em Gaza e na limpeza étnica avançada na Cisjordânia.
Conforme ativistas e especialistas de direitos humanos, armamentos israelenses são testados na população palestina dos territórios ocupados, para então serem exportados e aplicados em campo, por exemplo, nas favelas do Brasil.
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A iniciativa é parte da campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), entre outras ações de solidariedade, que reivindicam do governo brasileiro de Luiz Inácio Lula da Silva que vá além das declarações de repúdio contra o genocídio em Gaza e rompa relações econômicas, militares e diplomáticas com Israel.
A “Feira da Morte” tem apoio de agências governamentais, incluindo os ministérios da Defesa e da Justiça. Contradiz, porém, o compromisso do Brasil, enquanto país signatário, com a Convenção de Prevenção e Repressão ao Crime de Genocídio.
Uma das presenças confirmadas na abertura do evento é o governador de extrema-direita do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, cuja Polícia Militar conduz uma chacina no litoral paulista desde o fim do ano, deixando ao menos 50 mortos.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 32.845 mortos e 75.392 feridos, além de dois milhões de desabrigados.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.