Milhares de pessoas voltaram a tomar as ruas no sábado (30) pelo sétimo dia consecutivo em frente à embaixada de Israel na cidade de Amã, capital da Jordânia, em solidariedade aos palestinos de Gaza, reportou a agência de notícias Anadolu.
O protesto partiu da praça em frente à Mesquita Kaluti, na região de Rabia, a uma pequena caminhada de distância da missão israelense. As demandas seguiram firmes, incluindo fechamento da embaixada e revogação do tratado de normalização entre Jordânia e Israel, firmado em 1993.
Manifestantes pediram abertura das fronteiras à Cisjordânia ocupada.
Entre os cartazes, lia-se “O sangue dos mártires ressoa no meu”, “Como aceitar uma solução pacífica?”, entre outros em repúdio ao genocídio israelense em Gaza.
Médicos tomaram as ruas junto dos manifestantes, em solidariedade a seus colegas na Faixa de Gaza, com menção especial a Mohammad Abu Selmiyah, diretor do Hospital al-Shifa, atualmente detido pelo exército israelense durante a invasão ao centro médico que se encerrou nesta segunda-feira (1°), após duas semanas.
Em 1° de novembro, o governo jordaniano retirou seu embaixador de Tel Aviv e impediu o retorno do emissário israelense a Amã. Contudo, à medida que escalava a guerra em Gaza, não adotou outras ações.
Protestos de massa, ao contrário, foram reprimidos.
Muitos dos cidadãos da Jordânia — 12 milhões de pessoas — têm raízes palestinas e parentes nos territórios ocupados, sob escalada colonial israelense.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 32.845 mortos e 75.392 feridos, além de dois milhões de desabrigados.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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