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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Ataque israelense a consulado iraniano em Damasco mata sete

Destruição deixada por ataque israelense ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, em 1° de abril de 2024 [Ammar Ghali/Agência Anadolu]

O Irã prometeu responder após dois comandantes de sua Guarda Revolucionária serem mortos, junto de outras cinco pessoas, por ataques aéreos israelenses que destruíram o consulado iraniano em Damasco, capital da Síria.

O brigadeiro-general Mohammad Reza Zahedi, comandante das Forças al-Quds, unidade de elite do exército iraniano, e seu adjunto, o general Mohammad Hadi Hajriahimi, foram mortos pela agressão, confirmou a Guarda Revolucionária em comunicado nesta segunda-feira (1°).

Repórteres em campo, no distrito de Mezzeh, em Damasco, onde fica o consulado, relataram fumaça, escombros e veículos de emergência nas ruas.

O embaixador iraniano Hossein Akbari, que não foi ferido, destacou que, entre os mortos, estão ao menos três oficiais militares. Segundo Akbari, a resposta de Teerã será “decisiva”.

ASSISTA: ‘Inação do Conselho de Segurança prolonga a ocupação’, alerta Irã em Haia 

O ministro de Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, caracterizou o ataque como “violação de todas as obrigações e convenções internacionais” e responsabilizou a liderança israelense — acusação corroborada pela Rússia como “inaceitável”.

Em nota à parte, seu porta-voz Nasser Kanani reiterou que Teerã “reserva o direito de realizar sua reação e decidir qual tipo de resposta e punição será dada à parte agressora”.

O ministro de Relações Exteriores da Síria, Faisal Mekdad, declarou em comunicado: “Condenamos veementemente o hediondo atentado terrorista que atingiu o consulado do Irã em Damasco, matando diversas pessoas inocentes”.

Um porta-voz do exército israelense se negou a comentar o fato a jornalistas: “Não comentamos rumores da imprensa estrangeira”.

Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, alegou que o governo do presidente Joe Biden mantém “apreensão com qualquer ação que possa resultar em escalada ou causar aumento no conflito regional”.

Desde a deflagração de seu genocídio em Gaza, deixando 32 mil mortos e 75 mil feridos em seis meses, Israel intensificou ataques a grupos pró-Irã na Síria, Líbano, Iêmen e Iraque, além de consolidar uma violenta escalada colonial nos territórios palestinos.

Na Síria, forças iranianas e russas agem em apoio ao presidente Bashar al-Assad.

O bombardeio ao consulado iraniano sucede em dias ataques israelenses a Aleppo, no norte da Síria, deixando dezenas de mortos. Há receios de propagação da guerra.

Ali Vaez, diretor do Projeto Irã do Grupo de Crise Internacional, destacou que a operação conduzida por Israel contra consulado iraniano em Damasco “equivale a atacar qualquer outro país em seu próprio solo”.

“Aparentemente se trata de uma guerra regional em fogo baixo”, comentou Vaez à Al Jazeera. “Ainda não se trata de uma guerra aberta em escala regional, mas parece que Israel está tentando fazer tudo que pode para expandir o conflito”.

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