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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

O Irã diz que a presença israelense nos Emirados Árabes é uma ameaça

O presidente israelense, Isaac Herzog, se reúne com o sheik Mohamed bin Zayed Al Nahyan, dos Emirados Árabes, em 4 de fevereiro de 2022 [@MohamedBinZayed/Twitter]

O comandante da Marinha da Guarda Revolucionária do Irã disse, na terça-feira (09), que a presença de Israel nos Emirados Árabes é uma ameaça para Teerã e que isso “não deveria acontecer”, informou a Reuters.

O Irã ameaçou retaliar os supostos ataques aéreos israelenses contra seu consulado na capital da Síria na semana passada, que mataram sete oficiais da Guarda Revolucionária, incluindo dois comandantes, aumentando as tensões entre os arqui-inimigos do Oriente Médio, que já estavam em ebulição por causa da guerra entre Israel e Hamas em Gaza.

Os Emirados Árabes, situados do outro lado do Golfo, ao lado do Irã, se tornaram a nação árabe mais proeminente a estabelecer laços diplomáticos com Israel em 30 anos, por meio de um acordo mediado pelos EUA em 2020, embora Abu Dhabi também tenha relações diplomáticas e comerciais normais com Teerã.

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“Sabemos que os sionistas (Israel) não foram trazidos para os Emirados Árabes para fins econômicos, mas sim para segurança e trabalho militar. Isso é uma ameaça para nós e não deve acontecer”, disse o comandante da Marinha da Guarda Revolucionária, Alireza Tangsiri, de acordo com a Agência de Notícias Estudantil semioficial do Irã.

Tangsiri acrescentou que o Golfo, bem como o Golfo de Omã, fora do Estreito de Ormuz, por onde passa a maior parte do petróleo marítimo do mundo, não são lugares para israelenses.

Ele não indicou se o Irã estava considerando qualquer ação na região por causa da presença de Israel.

“Não somos atingidos sem revidar, mas também não somos precipitados em nossa retaliação”, disse Tangsiri, alguns dias depois que um conselheiro do líder supremo do Irã alertou que as embaixadas israelenses não eram mais seguras.

A normalização dos Emirados Árabes com Israel abriu caminho para que vários outros Estados árabes seguissem o exemplo, quebrando um tabu de laços diplomáticos sem a criação de um Estado palestino.

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