Um grupo de ativistas pró-Palestina pintou com tinta vermelha a sede do Ministério da Defesa do Reino Unido, em Londres, na quarta-feira (10), para protestar contra a venda de armas a Israel.
A ação conjunta foi realizada por membros dos grupos Palestine Action e Youth Demand, que pediram aos partidos Conservador e Trabalhista que se comprometessem a impor um embargo de armas bidirecional a Israel.
“Esse ministério não defende, ele assassina […] Não aceitamos mais a continuação desse projeto de morte, já que o Reino Unido permite o financiamento de armas para Israel”, disse o Youth Demand, compartilhando imagens de vídeo do protesto no X.
A Palestine Action disse no X que o ministério concede contratos no valor de centenas de milhões de libras esterlinas “à Elbit Systems e treina os militares israelenses”.
BREAKING: Palestine Action and @youth_demand team up against the Ministry of Defence.
The MOD give contracts worth 100s of £millions to Elbit Systems and train the Israeli military.
Together, we act against the Gaza genocide! #ShutElbitDown pic.twitter.com/ZY9zij10YI
— Palestine Action (@Pal_action) April 10, 2024
Separadamente, a Palestine Action atacou as instalações da fornecedora de componentes eletrônicos Avnet em Waltham Park, Berkshire, por fornecer “eletrônicos para o armamento da Elbit e para os caças F-35 usados pelo exército israelense”.
Imagens compartilhadas no X mostraram a fachada do prédio pintada com spray e com janelas quebradas.
A Elbit Systems, a maior fabricante de armas de Israel, fornece 85% das munições terrestres e aéreas usadas por seus militares.
Israel empreendeu uma ofensiva militar mortal contra a Faixa de Gaza desde um ataque transfronteiriço realizado em 7 de outubro pelo grupo de resistência palestino Hamas, que matou aproximadamente de 1.200 pessoas.
Entretanto, desde então, foi revelado pelo Haaretz que os helicópteros e tanques do exército israelense haviam, de fato, matado muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alegou terem sido mortos pela Resistência Palestina.
Desde então, mais de 33.500 palestinos foram mortos e quase 76.000 ficaram feridos em meio à destruição em massa e à escassez de produtos de primeira necessidade.
A guerra israelense, agora no 186º dia, levou 85% da população de Gaza ao deslocamento interno em meio à escassez aguda de alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% da infraestrutura do enclave foi danificada ou destruída, de acordo com a ONU.
Israel é acusado de genocídio pela Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que, em janeiro, emitiu uma decisão provisória que ordenou que o país parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.