O exército israelense anunciou, na quinta-feira (11), o lançamento de uma nova operação militar “direcionada” no centro de Gaza, informou Agência Anadolu.
Em um comunicado, o exército disse que, antes de os soldados israelenses iniciarem a incursão, aviões de guerra e artilharia israelenses atacaram os arredores do campo de refugiados de Nuseirat, alegando que os alvos eram a infraestrutura militar do grupo palestino Hamas, incluindo lançadores de foguetes.
Acrescentou que a campanha militar estava sendo realizada pela 162ª Divisão do exército, a brigada de infantaria Nahal e outras unidades, além do apoio de fogo naval.
Comentando sobre a operação, o ministro das Finanças de extrema direita, Bezalel Smotrich, disse que o exército israelense deve intensificar as operações militares em Nuseirat e em outras partes da área de Deir al-Balah, na região central da Faixa de Gaza, bem como na cidade de Rafah, ao sul.
Vários países, inclusive os EUA, pediram a Israel que abandonasse os planos de uma ofensiva militar contra Rafah, que abriga quase 1,4 milhão de palestinos deslocados.
LEIA: Biden diz que Netanyahu está cometendo “um erro” com sua abordagem à guerra contra Gaza
Israel empreendeu uma ofensiva militar mortal contra a Faixa de Gaza desde um ataque transfronteiriço realizado em 7 de outubro pelo grupo de resistência palestina Hamas, que matou aproximadamente de 1.200 pessoas.
No entanto, desde então, o Haaretz revelou que os helicópteros e tanques do exército israelense haviam, de fato, matado muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alegou terem sido mortos pela Resistência Palestina.
Desde então, mais de 33.300 palestinos foram mortos e quase 76.000 ficaram feridos em meio à destruição em massa e à escassez de produtos de primeira necessidade.
A guerra israelense, agora no 186º dia, levou 85% da população de Gaza ao deslocamento interno em meio à escassez aguda de alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% da infraestrutura do enclave foi danificada ou destruída, de acordo com a ONU.
Israel é acusado de genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que, em janeiro, emitiu uma decisão provisória que ordenou que o país parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.