Oficiais de alto escalão do Pentágono expressaram frustração por Israel não os ter notificado sobre um ataque à missão diplomática do Irã em Damasco, capital da Síria, no início de abril, reportou o jornal The Washington Post nesta sexta-feira (12).
Segundo as análises, a escalada impõe risco às forças americanas na região.
Tensões entre Israel e Irã atingiram um novo ápice na quarta-feira (10), quando o regime iraniano prometeu retaliar ao bombardeio, que resultou na morte de dois comandantes de sua Guarda Revolucionária, segundo informações da agência Anadolu.
Três oficiais americanos — em condição de anonimato — disseram ao Washington Post que o secretário da Defesa, Lloyd Austin, e outras lideranças creem que Israel deveria ter notificado Washington com antecedência, devido às implicações do ataque.
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Segundo as fontes, oficiais israelenses e americanos mantêm coordenação próxima sobre como responder à eventual réplica do Irã. Na quinta-feira, conforme os relatos, um general americano viajou a Israel.
Durante telefonema em 3 de abril, Austin reclamou da questão a seu homólogo israelense, Yoav Gallant. Uma transcrição da conversa não foi divulgada; porém, segundo uma das fontes, Austin “reiterou seu apoio à defesa de Israel contra uma gama de ameaças regionais”.
A embaixada israelense em Washington não comentou a troca até então.
Israel permanece em alerta máximo sobre a possibilidade de retaliação de Teerã, devido a seu ataque à embaixada em Damasco em 1° de abril. Sete pessoas morreram na ocasião.
O ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, ameaçou na quarta-feira atacar diretamente o território iraniano caso haja uma resposta de Teerã.
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Receios de propagação da guerra se somam aos seis meses de genocídio israelense em Gaza,
Deixando 33.545 mortos e 76.094 feridos, além de dois milhões de desabrigados.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.