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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Palestinos nas cadeias de Israel excedem 9.500 presos, confirma relatório

Protesto pede soltura dos presos políticos palestinos nas cadeias da ocupação israelense, em Nablus, na Cisjordânia, em 20 de fevereiro de 2024 [Nedal Eshtayah/Agência Anadolu]

O número de prisioneiros palestinos nas cadeias da ocupação israelense excedeu 9.500 pessoas, segundo dados divulgados nesta terça-feira (16) pela Comissão dos Prisioneiros e Ex-prisioneiros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e pelas ongs de direitos humanos Clube dos Prisioneiros Palestinos e Addameer.

O comunicado conjunto foi publicado na véspera do Dia dos Prisioneiros Palestinos, nesta quarta-feira, 17 de abril.

Segundo as informações, entre os prisioneiros estão ao menos 80 mulheres e 200 crianças, que permanecem encarceradas nas penitenciárias de Megiddo, Ofer e Damon. Os números, porém, excluem prisioneiros de Gaza, sujeitos a desaparecimento forçado e tortura.

O número de prisioneiros sob detenção administrativa — sem julgamento ou sequer acusação; reféns, por definição — subiu a 3.660 palestinos no início de abril, incluindo 22 mulheres e mais de 40 menores de idade.

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São ainda 56 jornalistas detidos nas cadeias da ocupação, entre os quais 45 aprisionados após a deflagração do genocídio em Gaza, em 7 de outubro. Deste índice, quatro são mulheres.

O relatório reiterou ainda que Israel mantém encarcerados centenas de doentes e feridos, com números crescentes nos últimos seis meses, como resultado de “crimes, políticas e medidas de retaliação sistêmica impostas pela ocupação contra os prisioneiros, mais notavelmente tortura e negligência médica”.

Segundo o Clube dos Prisioneiros Palestinos, 600 palestinos enfrentam prisão perpétua — ou 99 anos de cadeia conforme a lei israelense —, alguns dos quais a mais de uma sentença, como é o caso de Abdullah Barghouti, prisioneiro político sentenciado a 67 prisões perpétuas.

Dados apontam ainda que ao menos 252 pessoas morreram nas cadeias israelenses desde 1967 — dezesseis desde 7 de outubro, sem contar prisioneiros de Gaza.

Autoridades israelenses retêm também os corpos de 27 prisioneiros palestinos, ao recusarem a devolução às famílias e, portanto, seu sepultamento. O corpo retido há mais tempo pertence a Anis Dawla, morto na penitenciária de Ashkelon em 1980.

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