Aplicar a pena capital a “terroristas” palestinos é a “solução certa” ao problema da superlotação carcerária, afirmou nesta quarta-feira (17) o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, em postagem na rede social X (Twitter).
Sua declaração coincidiu com o Dia dos Prisioneiros Palestinos, dedicado aos milhares de presos políticos nas cadeias da ocupação — em maioria, sem julgamento ou sequer acusação; reféns, por definição.
Ben-Gvir celebrou a aprovação de sua proposta para construir 936 novas instalações prisionais aos palestinos nativos, por parte do governo de Benjamin Netanyahu; contudo, expressou seu anseio para ir ainda além.
Deputado de extrema-direita e líder do partido supremacista Poder Judeu, comentou Ben-Gvir: “A construção das novas unidades permitirá ao serviço carcerário receber mais terroristas [sic] e trará uma solução parcial à crise de superlotação nas prisões”.
No entanto, acrescentou: “A pena de morte aos terroristas [sic] é a solução certa ao problema da superlotação — até lá, porém, fico contente que o governo tenha aprovado o plano que eu apresentei”.
Ainda nesta quarta-feira, Tel Aviv deferiu a expansão carcerária, ao custo de 450 milhões de shekels (US$119.21 milhões). Metade dos fundos deve integrar o orçamento do Ministério da Defesa, com o remanescente realocado de outras pastas.
Neste mesmo contexto, o gabinete de imprensa do governo palestino em Gaza confirmou ontem que o exército ocupante prendeu mais de cinco mil pessoas no território mediterrâneo desde a deflagração do genocídio, há mais de seis meses.
Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, deixando 34 mil mortos e 76 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.