Organizadores e convidados no Festival Internacional de Cinema Feminino de Assuã (AIWFF), no Egito, usaram sua plataforma para prestar homenagem e demonstrar solidariedade ao povo palestino, em particular da Faixa de Gaza.
A oitava edição do festival teve início na noite de sábado (20), na cidade de Assuã.
A realização é parte de uma colaboração cultural com a União Europeia.
Na abertura, Mervat al-Talawi, presidente do Conselho do Festival de Assuã, confirmou que os organizadores cogitaram cancelar o evento devido ao genocídio em Gaza, mas preferiram usar a plataforma para expressar seus apelos por paz em sua região.
Maya Morsi, presidente do Conselho Nacional de Mulheres, destacou o papel do festival em demonstrar a força das mulheres, ao reiterar que “a arte é uma força que pede pelo fim das agressões israelenses e do deslocamento imposto ao povo de Gaza”.
LEIA: Abuso sexual e espancamentos: o calvário de uma mãe palestina sob custódia israelense
Morsi declarou esperanças de que “a Palestina desfrute de seu direito à autodeterminação e que um Estado palestino seja devidamente estabelecido”.
Nevine el-Kabbaj, ministra de Solidariedade e Serviços Sociais do Egito, prestou homenagem à resiliência das mulheres palestinas.
Seis filmes palestinos estão na programação, dentre um catálogo de 76 filmes competidores.
Israel mantém ataques a Gaza há mais de seis meses, deixando 34 mil mortos, 76 mil feridos e dois milhões de desabrigados.
Neste contexto, o regime militar de Abdel Fattah el-Sisi, no Egito, se deparou com protestos populares pró-Palestina, quase sem precedentes desde seu violento golpe de Estado. Sisi e aliados temem um êxodo de milhões de palestinos de Gaza ao deserto do Sinai.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.