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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

‘Já perdemos’: Ex-general israelense pede o fim das operações em Gaza

Tanques e veículos blindados pertencentes ao exército israelense no centro de Gaza, em 17 de abril de 2024 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Yitzhak Brik, general reformado do exército de Israel e perito militar, afirmou ao website israelense Maariv que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deve declarar o fim das operações em Gaza e admitir sua derrota.

“Israel deve declarar o fim da guerra e tirar nossas tropas de Gaza. Não tem como destruir completamente o Hamas e entrar em Rafah não vai ajudar”, comentou Brik em entrevista publicada neste domingo (21), ao mencionar os planos de Netanyahu de entrar na última cidade ao sul de Gaza, na fronteira com o Egito, que abriga hoje 1,5 milhão de refugiados.

“Caso não percebam, já perdemos essa guerra”, acrescentou.

Brik criticou Netanyahu por capitular a ministros extremistas. “Sinto que prefere o governo à paz e se alimenta da pressão de Bezalel Smotrich [Finanças] e Itamar Ben-Gvir [Segurança Nacional] e a verdade é que, mesmo quando vê o desastre, compactua”.

Ao comentar as supostas intenções do Irã em seu ataque direto a Israel, na última semana, o ex-general, entretanto, disseminou teorias conspiratórias: “Os iranianos estão avançando no armamento nuclear não para destruir Israel, mas para impor sua balança do terror [sic]”.

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Não há confirmação de que o programa nuclear iraniano seja voltado a uso militar. Israel, no entanto, é a única potência militar que possui armas atômicas no Oriente Médio, conforme colaboração com os Estados Unidos — embora não reconheça o arsenal publicamente.

Ainda assim, Brik insiste que Israel não está preparado para uma guerra regional, tampouco tem contingente de infantaria para conter a multiplicidade de fronts. Para o ex-general, uma guerra na presente conjuntura levaria à destruição de Israel.

Israel mantém ataques indiscriminados contra Gaza há mais de seis meses, deixando 34 mil mortos, 76 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

Neste entremeio, o exército israelense troca disparos com o movimento Hezbollah no sul do Líbano, além de lançar ataques a Síria, Iraque e Iêmen.

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A operação iraniana — sem danos consideráveis, alertada de antemão —  foi resposta a um bombardeio israelense à embaixada da República Islâmica em Damasco. Teerã alegou que a matéria está concluída. Israel prometeu retaliar futuramente.

As ações israelenses em Gaza são crime de guerra e genocídio.

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