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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Uma criança morre a cada dez minutos em Gaza, alerta ONU

Crianças mortas e feridas levadas a um hospital após bombardeios israelenses, no campo de refugiados de Maghazi, em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, em 16 de abril de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

Uma criança é morta a cada dez minutos na Faixa de Gaza sitiada, sob ataques israelenses, advertiu Adnan Abu Hasna, assessor de imprensa da Organização das Nações Unidas para a  Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), em entrevista neste domingo  (21).

Abu Hasna reiterou os riscos da situação ao programa Querido Cidadão (Hadrat Al-Muwatin) da emissora por satélite Al-Hadath Al-Youm.

“A cada dez minutos uma criança é morta em Gaza; a cada dia, são 67 mulheres, dentre as quais 37 mães”, estimou Abu Hasna, conforme dados da ONU. “Estamos falando de milhares de órfãos — cerca de 18 mil órfãos que perderam tudo: família, amor e vida”.

Abu Hasna relatou que a cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, abriga hoje mais de dois milhões de pessoas — de uma população total de 2,4 milhões em Gaza —, muito acima dos 150 mil habitantes antes da deflagração do genocídio israelense em 7 de outubro.

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“Gaza vive dias críticos diante das promessas de Israel de lançar uma operação militar contra Rafah”, reafirmou Abu Hasna, ao insistir que não há lugar seguro para transferir as famílias, sobretudo impossibilitadas de retornar ao norte.

A UNRWA tampouco tem acesso ao norte de Gaza, apesar da crise de fome.

Comparado ao período pré-guerra, apenas um terço dos caminhões necessários para suprir a demanda da população carente entra em Gaza, sob impedimento arbitrário da ocupação israelense. O cerco, somado aos bombardeios indiscriminados, resultou em um colapso da saúde física e mental da população.

Hospitais, comboios assistenciais, abrigos e mesmo rotas de fuga não foram poupados.

Israel mantém ataques a Gaza há mais de seis meses, deixando 34 mil mortos, 76 mil feridos e dois milhões de desabrigados. As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

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