Estudantes da Universidade de Columbia não tiveram aulas presenciais nesta segunda-feira (22) após a administração decidir por classes on-line a fim de desescalar tensões no campus, agravadas pela repressão policial contra um acampamento pró-Palestina.
As informações são da agência de notícias Reuters.
Em comunicado emitido hoje, Nemat Shafik, presidente de Columbia, alegou cancelar as aulas devido a supostos comportamentos intimidadores e linguagem antissemita no campus.
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“Tensões foram exploradas e intensificadas por indivíduos alheios a Columbia, que vieram ao campus para impor sua agenda pessoal”, alegou Shafik. “Precisamos recomeçar”.
Nos últimos meses, instituições de ensino superior nos Estados Unidos foram submetidas a pressão por oligarcas doadores, que buscam censurar críticas e protestos civis contra o genocídio israelense em Gaza, incorrendo em um novo clima de macartismo.
Políticos sionistas adotaram a alegação de “antissemitismo” para difamar professores, estudantes e pesquisadores nos campi, incluindo mediante suspensões coletivas e demissões de acadêmicos proeminentes.
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Estudantes progressistas, no entanto, desafiaram a repressão em Columbia ao organizar o Acampamento de Solidariedade Palestina.
Na semana passada, ao menos cem estudantes foram presos a mando da reitoria.
Os protestos em Columbia lembram as manifestações estudantis contra a Guerra do Vietnã, há mais de 50 anos.
Israel mantém ataques indiscriminados contra a Faixa de Gaza há mais de seis meses, deixando 34 mil mortos, 76 mil feridos e dois milhões de desabrigados.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.