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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

ONU pede inquérito independente sobre covas coletivas em Gaza

Stephane Dujarric, porta-voz do Secretariado-Geral das Nações Unidas, em Nova York, 12 de dezembro de 2022 [Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images]

Stephane Dujarric, porta-voz do Secretariado-Geral das Nações Unidas, descreveu os relatos da descoberta de covas coletivas em Gaza nesta segunda-feira (22) como “extremamente preocupantes” e pediu uma investigação “crível e independente” sobre o caso.

Segundo a Defesa Civil, ao menos 238 corpos foram encontrados em uma vala comum do Hospital Nasser, na cidade de Khan Yunis, no sul do enclave. A descoberta se deu após a retirada das forças israelenses da área, cuja invasão incorreu em sucessivas violações.

Dujarric destacou a importância de se conduzir uma investigação detalhada sobre todas as eventuais covas coletivas descobertas em Gaza e reforçou apelos por cessar-fogo.

LEIA: Genocídio em Gaza tem o apoio e a aprovação do Ocidente, diz ex-relator da ONU

“Aqui está outro motivo — como se fosse necessário. Para que todos esses locais sejam investigados de uma maneira crível e independente”, afirmou Dujarric. “Aqui está outro motivo para haver um cessar-fogo, o fim do conflito e maior acesso humanitário à região”.

“Precisamos também de maior proteção aos hospitais”, acrescentou. “Isso apenas reforça todos os pontos que já estamos dizendo”.

O exército israelense mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 34.183 mortos, 77.143 feridos e dois milhões de desabrigados.

Na Cisjordânia ocupada — onde pogroms coloniais se tornaram uma intercorrência diária — são 487 mortos e 4.800 feridos, além de até oito mil presos.

Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, conforme denúncia da África do Sul. Apesar de instruções emitidas em janeiro, o Estado ocupante persistiu em suas violações em Gaza, deflagrando fome e doenças.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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