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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Flotilha da Liberdade fica retida em porto na Turquia, sob pressão dos EUA

Navio “Mediterrâneo”, carregado de ajuda humanitária, parte da Flotilha da Liberdade rumo a Gaza, ancorado em Istambul, na Turquia, em 19 de abril de 2024 [Abdulhamid Hosbas/Agência Anadolu]

A nova Flotilha da Liberdade, que carrega assistência humanitária urgente à Faixa de Gaza, com intuito de romper o cerco israelense, continua impedida de zarpar da Turquia devido a pressão dos Estados Unidos.

A frota, que abarca três navios de carga com aproximadamente 5.500 toneladas de alimentos e outros bens essenciais, deveria partir do porto de Tuzla, perto de Istambul, nos últimos dias; no entanto, ainda sua equipe internacional ainda aguarda aval do governo turco.

Em postagem na rede social X (Twitter), a escritora e ativista americana Medea Benjamin, figura de destaque na iniciativa, pediu ajuda para pressionar Washington a liberar a jornada.

“Os Estados Unidos estão impondo imensa pressão sobre a Turquia para nos impedir de navegar a Gaza, com comida e remédios que são tão necessários”, comentou a autora. “Entretanto, não seremos dissuadidos”.

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Segundo Medea, em artigo publicamente recentemente, a melhor solução para a crise é que os navios “consigam chegar a Gaza e cumprir sua missão”; todavia, há chances de o “governo turco ceder à pressão de Israel, Estados Unidos e Alemanha, e impedir a partida”.

Com suas embarcações ancoradas em Istambul, “receamos que o presidente da Turquia [Recep Tayyip] Erdogan, que sofreu uma derrota nas eleições locais, sinta-se vulnerável a chantagens de cunho econômico postas pelas potências ocidentais”.

Medea alertou, porém, a um terceiro cenário, em alusão à pirataria cometida contra a iniciativa original de 2010, na qual dez ativistas foram mortos. “Seguimos viagem, mas somos abordados ilegalmente por israelenses em águas internacionais; apreendem nossos barcos e suprimentos; prendem a todos nós e eventualmente nos deportam”.

“A Flotilha da Liberdade entra agora em águas perigosas e desconhecidas”, acrescentou Medea. “Pedimos os países do mundo que pressionem Israel a permitir nossa passagem livre e segura rumo a Gaza”.

O ativista brasileiro Thiago Ávila integra a atual Flotilha da Liberdade.

Entre os integrantes está também Mandla Mandela, político sul-africano e neto do líder na luta contra o apartheid, Nelson Mandela.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 34.262 mortos e 77.229 feridos, além de dois milhões de desabrigados, até então. Entre as fatalidades, cerca de 14 mil são crianças.

Oito mil pessoas estão desaparecidas — provavelmente mortas sob os escombros.

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Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, deferida em 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, energia elétrica, medicamentos ou combustível.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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