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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Catedral de Washington recebe memorial aos voluntários mortos por Israel em Gaza

Memorial para os sete trabalhadores da World World Central Kitchen (WCK) assassinados em Gaza por bombardeios de Israel, em Paris, 6 de abril de 2024 [Ümit Dönmez/Agência Anadolu]

O célebre chef Jose Andrés descreveu os trabalhadores da World World Central Kitchen (WCK) assassinados por Israel em Gaza como “o melhor da humanidade”, durante um memorial realizado nesta quinta-feira (25) na Catedral Nacional de Washington, com a presença de centenas de pessoas.

A missa foi marcada por luto e questões sobre as circunstâncias do ataque.

As informações são da agência de notícias Reuters.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alegou “erro”, após o bombardeio de precisão incorrer na morte de voluntários estrangeiros. O incidente agravou a crise sem precedentes de diplomacia e relações públicas enfrentada pelo regime de apartheid.

Em entrevista concedida à Reuters, após a tragédia, Andrés reiterou que o ataque israelense foi conduzido “sistematicamente, carro por carro”.

Comovido, o chef e fundador da WCK prestou homenagem a cada uma das vítimas: Saifeddin Issam Ayad Abutaha, John Chapman, Jacob Flickinger, Lalzawmi Frankcom, James Henderson, James Kirby, e Damian Sobol.

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“As sete almas de quem hoje lembramos estavam lá para dar de comer aos famintos”, observou Andrés, ao mencionar a crise humanitária em Gaza, sob cerco israelense. “Arriscaram tudo para alimentar pessoas que sequer conheciam”.

“Eles eram o melhor da humanidade”, acrescentou. “Seu exemplo deveria nos inspirar a sermos melhores e a agir melhor”.

Andrés destacou que sua organização continua a reivindicar uma investigação sobre as ações do exército israelense, para além das alegações oficiais. “Não tem desculpa para esses assassinatos. Nenhuma”, enfatizou Andrés.

O memorial incluiu leituras e preces das tradições islâmica, judaica e cristã, além de uma homenagem prestada pela renomada violoncelista, Yo-Yo Ma.

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Mais de 500 pessoas estiveram presentes, incluindo familiares das vítimas, trabalhadores da WCK, oficiais e diplomatas de mais de 30 países.

Doug Emhoff, marido da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, representou a Casa Branca. O presidente Joe Biden — que insiste em seu apoio incondicional a Israel — justificou a ausência por compromissos de viagem em Nova York.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando 34.262 mortos e 77.229 feridos, além de dois milhões de desabrigados, até então. Entre as fatalidades, cerca de 14 mil são crianças.

Oito mil pessoas estão desaparecidas — provavelmente mortas sob os escombros.

Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, deferida em 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, energia elétrica, medicamentos ou combustível.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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