Autoridades israelenses descartaram a presença de quatro batalhões do Hamas em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, perto da fronteira egípcia, contrariando as afirmações do primeiro-ministro da ocupação, Benjamin Netanyahu, que retratou a invasão de Rafah como um importante ponto de virada para eliminar o Hamas e alcançar a “vitória absoluta”.
O jornal israelense Yedioth Ahronoth informou na sexta-feira que, apesar da afirmação de Netanyahu de que há quatro brigadas do Hamas em Rafah e que uma operação militar deve ser realizada, suas declarações são imprecisas.
O jornal citou três oficiais israelenses informados, que não foram citados, revelando: “Não há mais quatro batalhões do Hamas em Rafah, pois grande parte da força de combate deixou a cidade e seus subúrbios e se mudou para Khan Yunis, e talvez também para os campos no centro. Cerca de dois batalhões permanecem a oeste da cidade, aparentemente na área de Tel Al-Sultan.”
O jornal considerou que esse movimento do Hamas indica como toda a guerra está sendo administrada, pois: “A organização ainda não tentou travar batalhas grandes e em larga escala com o exército israelense. Ela sabe que não tem chance contra uma divisão do exército israelense. O plano de Sinwar era e ainda é simples: O Hamas permanecerá na clandestinidade por um período maior do que o exército israelense pode permanecer acima dele”.
O jornal citou, como exemplo, o anúncio do exército de ocupação israelense na quinta-feira sobre o início de uma operação militar no bairro de Al-Zaytoun, em Gaza, que “o exército parecia ter ocupado há cerca de dois meses e depois saido”, indicando que as forças do Hamas estão retornando às áreas que o exército deixou e não ocupa mais.
Ele acrescentou que Netanyahu“não concordou, de forma alguma, com a introdução de outra força na Faixa. Não os homens do Fatah de Majid Faraj, de acordo com um plano preparado pelo Ministro da Segurança e pelo Shin Bet, e certamente não a Autoridade Palestina”.