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Sob pressões sociais, Exército brasileiro suspende contratação da Elbit

Ativistas do Palestine Action ocupam prédios da Elbit Systems na Inglaterra, em 6 de agosto de 2021 [Guy Smallman/Getty Images]

O Exército anunciou a suspensão da assinatura do protocolo de compra, de 36 veículos blindados da empresa Elbit System, maior empresa de tecnologia militar do estado israelense  e suas subsidiárias brasileiras Ares Aeroespacial e Defesa e AEL Sistema.

A fabricante é uma das responsáveis pela construção e manutenção do muro do apartheid israelenses pelos sistemas de vigilância dos assentamentos ilegais de colonos em terras palestinas e tem sido alvo da campanhas de boicote em diversos países, já tendo contratos cancelados no Brasil. Em 2014, o governo do Rio Grande do Sul desistiu de uma parceria com a Elbit para a criação de um polo aeroespacial.

A aquisição das viaturas blindadas de combate, conhecidas como obuseiros de calibre 155 mm autopropulsados sobre rodas (VBCOAP-SR), foi objeto de licitação vencida pela empresa israelense, e sua contratação foi anunciada na última semana.

Em reação, as entidades Vozes Judaicas por Libertação e Anistia Internacional lideraram um abaixo assinado com partidos, organizações sociais e artistas, e do qual o MEMO é também signatário, pedindo que o governo Lula suspendesse a contratação.

O Exército alegou a necessidade de submeter o processo novamente à assessoria jurídica do Ministério da Defesa em razão de alterações feitas na fase final do processo de seleção da licitação.

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