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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

FIFA confirma avaliação legal de pedido palestino para suspender Israel

Presidente da Federação Internacional de Futebol (FIFA), Gianni Infantino, durante o 74° Congresso da entidade na cidade de Bangkok, na Tailândia, em 17 de maio de 2024 [Pakawich Damrongkiattisak/FIFA via Getty Images]

A Federação Internacional de Futebol (FIFA) afirmou nesta sexta-feira (17) ordenar uma análise legal sobre o requerimento da Associação Palestina de Futebol (PFA) para suspender Israel dos eventos esportivos devido às violações perpetradas em Gaza.

A FIFA prometeu tratar da matéria em seu próximo encontro extraordinário em julho, segundo informações da agência de notícias Reuters.

O presidente da associação, Gianni Infantino, ratificou a decisão no 74° Congresso anual da FIFA em Bangkok, na Tailândia, ocasião na qual introduziu um pacote de medidas contra o racismo e anunciou o Brasil como sede da Copa do Mundo Feminina de 2027.

No evento, o presidente da entidade palestina do esporte, Jibril Rajoub, fez um apelo comovido aos emissários internacionais, para que votem favoravelmente à suspensão de Israel de todas as competições, por infringir diversos artigos do estatuto da FIFA.

Rajoub destacou as sanções contra a Rússia devido a sua invasão na Ucrânia, desde fevereiro de 2022.

A denúncia confirma a cumplicidade da Associação de Futebol de Israel (IFA) em violações da lei internacional, discriminação contra atletas árabe-palestinos e inclusão de clubes compostos por colonos, radicados nos territórios ocupados, em seus torneios e eventos.

Todos os assentamentos e colonos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém são considerados ilegais pela lei internacional.

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Segundo Rajoub, “a FIFA não pode arcar em se manter indiferente às violações ou ao genocídio em curso na Palestina, à medida que não se mostrou indiferente em diversas ocasiões nas quais estabeleceu precedente”.

“Quão mais precisa sofrer nossos irmãos do futebol palestino para que a FIFA aja com a mesma urgência e severidade com que agiu em outros casos”, acrescentou Rajoub. “Por acaso a FIFA vê algumas guerras como mais importantes que outras? Algumas vítimas como mais humanas?”

Equipes israelenses e suas torcidas organizadas são notórias por campos racistas contra árabes e muçulmanos, assim como agressões físicas, sobretudo no clima de incitação e desumanização que toma conta da sociedade israelense nos últimos anos.

Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, sob ordens para permitir o fluxo humanitário desde janeiro — contudo, sem aval. Nesta semana, colonos — incitados por ministros e deputados — foram flagrados em vídeo destruindo alimentos e outras remessas.

Em Gaza, a situação humanitária continua crítica, incluindo a crise de fome generalizada, diante de uma aproximação da escalada israelense à cidade de Rafah, no extremo sul, que abriga 1.5 milhão de refugiados.

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A travessia de Rafah, na fronteira com o Egito, permanece fechada há mais de uma semana, ao passo que tropas israelenses tomaram o controle do lado palestino.

Israel mantém ataques Gaza há sete meses, deixando 35 mil e quase 80 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. Entre as vítimas fatais, cerca de 15 mil são crianças.

Segundo Rajoub, entre os mortos estão ao menos 193 jogadores de futebol, além da destruição de toda a infraestrutura esportiva em Gaza e impedimento para que a equipe palestina consiga participar adequadamente das eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 — em Estados Unidos, Canadá e México — no exterior.

As ações israelenses são punição coletiva, genocídio e crime de guerra.

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