Na ocasião do Dia da Nakba, em 15 de maio, que recorda a catástrofe palestina no ano de 1948, representantes islâmicos realizaram uma viagem a Brasília, onde se reuniram com membros do governo, do legislativo e embaixadores.
A delegação foi encabeçada pelo mufti de Zahle e do Bekaa, no Líbano, sheikh Ali Ghazawi, que chegou ao Brasil há duas semanas. Representantes da Mesquita Brasil, de São Paulo — primeiro templo islâmico estabelecido no país —, acompanharam o mufti libanês, dentre os quais o vice-presidente da Sociedade Beneficente Muçulmana de São Paulo, Youssef Abbas.
Diplomatas árabes também acompanharam a delegação, incluindo a embaixadora do Líbano no Brasil, Carla Jazzar. Na agenda, esteve um encontro com o embaixador da Autoridade Palestina no Brasil, Ibrahim al-Zaben.
A delegação também se reuniu com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Outros membros da comitiva incluíram: o representante da Câmara Libanesa de Fatwa no Brasil e na América Latina, sheikh Ali al-Khatib; o chefe do Departamento de Expatriados, sheikh Abdel Nasser al-Khatib; o secretário da Câmara de Fatwa do Bekaa, sheikh Asim al-Jarah; e o diretor financeiro das Instituições de Fatwa do Bekaa, Kamaluddin al-Afsh.
O Dia da Nakba, em seu 76° aniversário, rememora o momento-chave da ocupação da Palestina histórica, quando 800 mil palestinos foram expulsos de suas terras ancestrais e 500 cidades e aldeias foram destruídas, para possibilitar a criação do Estado de Israel, que hoje realiza ataques a Gaza, Cisjordânia, sul do Líbano e outras localidades no Oriente Médio.
Em paralelo, para o Dia da Nakba, protestos foram realizados em São Paulo e outras cidades do Brasil contra o genocídio israelense em curso. Estudantes, pesquisadores, jornalistas e ativistas reivindicam do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, que rompa relações com Israel.
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