Cerca de 20 estudantes do coletivo “Fim ao Genocídio, Fim ao Fóssil” ocuparam o escritório do Ministério de Negócios Estrangeiros de Portugal, em Lisboa, nesta sexta-feira (17).
As informações são da rede de notícias Anadolu.
“Ocupamos o ministério para dizer que não consentimos com a morte de milhões na Palestina e
pelas mãos da crise climática”, declarou o coletivo parceiro Greve Climática Estudantil — Lisboa em postagem no Instagram. “O que se passa na Palestina e o colapso climático iminente são as expressões máximas de como as instituições nos estão a falhar”.
Ao acusar o governo português de “não fazer nada”, as organizações discentes exigiram o corte de “quaisquer relações diplomáticas e financeiras com Israel”.
O genocídio em curso na Palestina é a derradeira expressão de um projeto colonial sionista e a indústria fóssil está intimamente ligada à perpetuação de regimes coloniais como Israel. A libertação da Palestina exige o fim do colonialismo fóssil e de todas as formas de opressão, extração e exploração colonialista. O futuro de todos depende do Fim do Fóssil nos prazos da ciência.
A polícia teve dificuldades para retirar os estudantes, conforme registrado em vídeo.
Em abril, ativistas realizaram um ato similar no Ministério do Meio Ambiente de Portugal, ao se recusarem a deixar o prédio até que o incumbente da pasta se comprometesse em “assegurar o fim da dependência de combustíveis fósseis até 2030”, conforme um plano detalhado levado às suas mãos pelos estudantes.
Na ocasião, o grupo denunciou a reação institucional por “escolher reprimir os estudantes que apenas lutam por suas vidas”, ao algemá-los, prendê-los e carregá-los em viaturas.
Israel mantém ataques indiscriminados contra a Faixa de Gaza há sete meses, deixando 35 mil mortos, 80 mil feridos e dois milhões de desabrigados. Documentos e declarações de lideranças israelenses confirmam intuito de ocupar Gaza e explorar sua bacia de gás natural.
Os estudantes portugueses organizam um acampamento pró-Palestina nos campi, como os atos realizados na Universidade de Columbia, em Nova York, que se espalharam por todo o território americano e então ao exterior. A Universidade de São Paulo (USP) se juntou às ações..
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.
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