Em Cannes, Cate Blanchett usa vestido inspirado pela bandeira palestina

A renomada atriz de Hollywood Cate Blanchett, vencedora de dois Oscars, compareceu ao 77° Festival de Cinema de Cannes, na França, com um vestido que, somado ao tapete vermelho, foi interpretado como alusão à bandeira palestina, em um sinal de solidariedade a Gaza.

As informações são da rede de notícias Daily Sabah.

A peça de cetim, de autoria do estilista franco-colombiano Haider Ackerman, sob a marca Jean-Paul Gaultier, chamou atenção da imprensa internacional. Blanchett, ao tirar as fotografias do evento, ergueu ativamente a parte verde do vestido, compondo as cores palestinas.

A atriz australiana compareceu a Cannes para a estreia de uma nova biografia do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intitulada “The Apprentice”.

Demonstrações de solidariedade palestina foram raras na edição em curso do renomado festival de cinema, com a proibição preventiva de protestos pelas autoridades francesas ao longo dos 11 dias de evento.

LEIA: Madonna, um show de ativismo seletivo

No entanto, a atriz franco-argelina Leila Bekhti compareceu ao tapete vermelho, nesta quarta-feira (22), com um broche com uma melancia em formato de coração — ícone que também se tornou marca pró-Palestina nas ruas e redes sociais devido às cores nacionais.

Ainda em novembro, Blanchett atendeu a uma sessão do Parlamento Europeu na qual pediu um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

“Não sou síria ou ucraniana. Não sou palestina ou israelense. Não sou política. Não sou sequer uma erudita. Porém, sou uma testemunha”, declarou a atriz. “E tendo testemunhado os custos humanos da guerra, violência e perseguição contra os refugiados em todo o mundo, não posso fazer vista grossa”.

Israel mantém ataques a Gaza desde outubro, deixando ao menos 35.647 mortos e quase 80 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. Entre as fatalidades, há 15 mil crianças.

Na segunda-feira (20), o Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, pediu um mandado de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, somando-se ao processo em curso contra o Estado colonial israelense no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) — também em Haia.

As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.

Sair da versão mobile