O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, foi sepultado em Mashhad, cidade sagrada para o islamismo xiita, nesta quinta-feira (23), quatro dias após falecer em um acidente de helicóptero, reportou a imprensa local.
Raisi, político ultraconservador de 63 anos, era visto como possível sucessor do Supremo Líder, aiatolá Ali Khamenei, de 85 anos.
Seu primeiro vice-presidente, Mohammad Mokhber, assumiu o poder interinamente até 28 de junho, quando estão marcadas novas eleições, conforme a Constituição iraniana.
O funeral de Raisi contou com a participação de lideranças políticas, militares e religiosas.
Flores foram atiradas em seu esquife, que passou com um caminhão pela cidade junto de uma multidão de pessoas, para ser sepultado no santuário dourado de Imã Reza, local mais sagrado do Irã. Raisi é natural de Mashhad, a 900 km da capital Teerã.
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A carreata, com milhares de pessoas, passou também pela cidade de Birjand, no leste do país.
Oito tripulantes morreram quando o helicóptero presidencial caiu em um terreno montanhoso perto da fronteira com o Azerbaijão. Dentre as vítimas, estava também o ministro de Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian.
Uma cerimônia pelo falecido chanceler foi realizada na sede do ministério em Teerã, onde seu sucessor, também interino, Ali Bagheri Kani, descreveu Amir-Abdollahian como “um mártir que salvaguardou a natureza revolucionária de sua pasta”.
Amir-Abdollahian foi sepultado no santuário do Xá Abdolazim, junto de artistas e políticos, na cidade de Rey, ao sul da capital.
O Irã declarou cinco dias de luto.
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