Uma resolução encabeçada pela Suíça, em defesa da proteção a trabalhadores humanitários e equipes das Nações Unidas, recebeu forte apoio no Conselho de Segurança nesta semana, com 14 votos favoráveis entre os 15 membros, segundo informações da agência Anadolu.
Apenas a Rússia se absteve da medida — contudo, não aplicou seu poder de veto.
A resolução exige de todas as partes em conflito que cumpram plenamente suas obrigações sob as leis internacionais de direitos humanos, com o destaque à proteção de equipes destinadas à assistência humanitária a populações carentes.
Antes da votação, Pascale Baeriswyl, embaixadora da Suíça na ONU, mencionou o aumento da violência e de ataques diretos contra os grupos protegidos.
“Em 2023, mais de 250 trabalhadores humanitários pagaram o preço mais alto e centenas foram feridos ou privados de sua liberdade em todo o mundo”, argumentou a diplomata. “A resolução recorda todos de suas obrigações em respeito à proteção das equipes humanitárias”.
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A embaixadora insistiu também que a medida contribui aos “esforços em curso para combater a impunidade e fortalecer a justiça” e instou todos os Estados-membros a investigar violações da lei humanitária internacional em seus respectivos contextos.
“A resolução urge a todos que assumam medidas contra aqueles responsáveis pelas violações”, acrescentou. “O texto também incorpora os mais novos desafios enfrentados pelas equipes, ao incluir a desinformação”.
A resolução não menciona textualmente Israel e suas ações em Gaza, possivelmente sob receio de veto dos Estados Unidos. No entanto, coincide com uma semana de reveses internacionais a Tel Aviv, incluindo um mandado de prisão solicitado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, contra o premiê Benjamin Netanyahu.