Tensões no Mar Vermelho reforçam impacto da guerra em Gaza, alerta China

Ao reiterar apoio à integridade territorial do Iêmen, o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, advertiu nesta terça-feira (28) que as tensões na região do Mar Vermelho reforçam o “impacto mais amplo da guerra em Gaza”, segundo informações da agência Anadolu.

Wang enfatizou como “prioridade imediata” um cessar-fogo no enclave sitiado para “evitar um maior desastre humanitário e reduzir o impacto regional do conflito”.

O chanceler fez seus comentários durante encontro com seu homólogo iemenita, Shaya Mohsin Zindani, em Pequim, ao destacar o “apoio resoluto” da China à soberania, independência, união e integridade territorial do Iêmen, conforme comunicado oficial.

Wang reivindicou da comunidade internacional que “intensifique os esforços para implementar a solução de dois Estados”.

O grupo iemenita Houthi, que administra o país, mantém ataques a navios ligados a Israel desde outubro, no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, como apoio prático aos palestinos de Gaza, sob genocídio desde então.

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Em retaliação, Estados Unidos e Grã-Bretanha lançaram disparos contra o território do Iêmen — incluindo a capital Sanaa. Os houthis então passaram a obstruir a passagem também de barcos britânicos e americanos, ao reforçar seu embargo.

Diversas corporações abandonaram a rota desde então, inclusive o Sinai, ao assumir o percurso muito mais extenso e oneroso do Cabo da Boa Esperança, ao redor da África. Dados confirmam as perdas econômicas, sobretudo a Israel.

Wang, entretanto, reforçou o compromisso de seu governo ao comércio internacional, ao pedir “segurança nas rotas marítimas do Mar Vermelho”. Para tanto, alegou que Pequim “está pronto a manter seu papel construtivo sobre a matéria”.

Wang indicou ainda valorizar a “amizade de longa data” com o Iêmen e prometeu “preservar a assistência chinesa ao país na melhor de suas capacidades, para alimentar um desenvolvimento estável, saudável e sustentável das relações”.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há sete meses, deixando 36 mil mortos, 80 mil feridos e dois milhões de desabrigados, sob fome generalizada.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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