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Ataque israelense causa incêndio em Ramallah, soldados assaltam loja de câmbio

Um incêndio eclodiu em um mercado de vegetais em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, e destruiu lojas durante uma invasão militar israelense nesta quinta-feira (30).

Um incêndio eclodiu em um mercado de vegetais durante uma invasão de forças israelenses na cidade de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, nesta quinta-feira (30). Não há confirmação sobre eventuais baixas e feridos, mas diversas lojas foram danificadas pelas chamas.

Vídeos mostram equipes de bombeiros em campo, tentando extinguir o fogo.

No total, ao menos 13 palestinos foram feridos por operações do exército israelense em toda a Cisjordânia ocupada nesta quinta-feira, reportou o Crescente Vermelho. Os ataques ocorreram nas cidades de Ramallah, Nablus e Tubas, entre outras localidades.

Cinco pessoas foram baleadas com munição real, três com balas de borracha e cinco receberam tratamento para asfixia por gás lacrimogêneo.

O Crescente Vermelho confirmou um ataque deliberado das forças de Israel a uma ambulância, que transferia um ferido à cidade de Tubas, no norte da Cisjordânia.

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Segundo testemunhas, o exército israelen se também invadiu uma loja de câmbio em Ramallah e expropriou seus recursos. Tel Aviv justificou o assalto ao alegar que a instituição palestina emitia fundos a “entidades terroristas” — contudo, sem provas ou detalhes.

Israel retém ainda recursos tributários coletados em nome da Autoridade Palestina, sediada em Ramallah, sob grave crise fiscal. Os recursos deixam de ser conduzidos a serviços básicos, como educação, saúde, habitação e assistência social, ao privar os palestinos de seus direitos civis.

Tulkarem, Qalqilya, Hebron e Belém também foram atacadas, mediante uma nova campanha de prisão contra os palestinos.

Nesta quarta-feira (29), colonos israelenses instalaram tendas em terras produtivas da aldeia de Artas, ao sul de Belém, segundo a agência Wafa. A ideia é expandir o controle do assentamento ilegal de Efrat, próximo à área, segundo o chefe da aldeia, Lutfi Asaad.

Asaad destacou que ataques de colonos sob escolta militar aos camponeses palestinos locais se intensificaram nos últimos meses. Há uma semana, um prédio de quatro andares foi demolido, sob alegação de “falta de alvará”.

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Todos os assentamentos e colonos israelenses na Cisjordânia ocupada são ilegais conforme a lei internacional. Há atualmente 800 mil colonos em 164 assentamentos e 116 postos avançados, em terras palestinas, onde colonos extremistas realizam ataques.

Tensões escalaram na Cisjordânia desde a deflagração do genocídio israelense na Faixa de Gaza, em 7 de outubro. Ao menos 519 palestinos foram mortos e cinco mil foram feridos em somente sete meses, além de 8.875 encarcerados arbitrariamente.

A maioria dos palestinos nas cadeias da ocupação permanecem em custódia sem julgamento ou sequer acusação — reféns, por definição.

Colonos ilegais realizam também reiterados ataques aos palestinos nativos, incluindo pogroms a aldeias e cidades, incorrendo em crime de limpeza de limpeza étnica.

Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ); seus líderes são investigados por crimes de guerra e lesa-humanidade pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) — ambos com sede em Haia, na Holanda.

As ações israelenses constituem crime de punição coletiva.

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Palestina: quatro mil anos de história
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