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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Egito nega alegações israelenses de túneis na fronteira com Gaza

Funeral de Abdullah Ramadan Qutb Haji, soldado egípcio morto em tiroteio com soldados israelenses na fronteira de Rafah, no vilarejo de al-Ajamiyyin, em Faiyum, no Egito, em 28 de maio de 2024 [Mohamed Elshahed/Agência Anadolu]

O Egito negou as alegações de Israel de presença de túneis, supostamente utilizados por grupos da resistência palestina para transferir armas na fronteira com Gaza, reportou um oficial de alto escalão do governo militar de Abdel Fattah el-Sisi.

Segundo o oficial, o exército israelense sequer comunicou as alegações oficialmente ao Cairo. A fonte reiterou se tratar de uma justificativa para manter a agressão em Rafah, no extremo sul de Gaza, e prorrogar a guerra por razões políticas.

Forças da ocupação israelense mantém controle efetivo da travessia de Rafah desde outubro, ao obstruir o acesso humanitário a Gaza, incluindo alimentos, remédios e combustível. O enclave, desde então, vive sob a deterioração de uma crise de fome.

Israel alegou ainda ter encontrado e destruído um túnel de 1.5 km situado a apenas cem metros da travessia de Rafah — porém sem permitir a averiguação dos relatos de forma independente.

O website israelense Nziv chegou a acusar o exército egípcio de relação com os supostos túneis.

LEIA: Israel ataca instalações de armazenamento de ajuda em Rafah, em Gaza

Rafah, na fronteira com o Egito, abriga hoje 1.5 milhão de refugiados. O governo no Cairo teme sua transferência compulsória ao deserto do Sinai, levando a embates com Tel Aviv.

Nesta semana, a crise atingiu um novo ápice com a morte de um soldado egípcio em uma troca de tiros na faixa de fronteira. Detalhes dos incidentes foram retidos pelas partes.

A operação israelense em Rafah desacata uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, emitida na semana passada para cessação da campanha, fluxo humanitário e envio seguro de uma missão internacional para checagem de fatos.

As ações israelenses em Gaza são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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