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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

EUA e Reino Unido bombardeiam Iêmen, houthis respondem no Mar Vermelho

Protesto pró-Palestina em Sanaa, no Iêmen, em 17 de maio de 2024 [Mohammed Hamoud/Agência Anadolu]

O movimento Houthi, que administra o Iêmen, lançou um míssil a um porta-aviões dos Estados Unidos, no Mar Vermelho, em resposta a bombardeios mortais, realizados pelo Pentágono junto a forças britânicas, em solo iemenita.

As informações são da rede de notícias Al Jazeera.

Yahya Saree, porta-voz do grupo houthi, confirmou o disparo ao porta-aviões Eisenhower nesta sexta-feira (31), ao reportar 16 mortos por ataques anglo-americanos na província de Hodeidah, maior índice de baixas registrado abertamente até então.

A retaliação à agressão de quinta-feira (30) foi anunciada na rede de televisão Al Masirah, ligada ao grupo houthi, junto de imagens de civis feridos em Hodeidah.

Segundo as informações, o ataque da cocalizão ocidental feriu ao menos 42 pessoas.

“A agressão anglo-americana não nos impedirá de manter nossas operações militares em apoio à Palestina”, reiterou Mohammed al-Bukhaiti, oficial do grupo houthi, na rede social X (Twitter), ao alertar que “escalada terá como resposta nova escalada”.

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O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom), de sua parte, alegou que ataques contra 13 alvos rebeldes “destruíram com êxito” oito veículos aéreos não tripulados em áreas controladas pelos houthis no Iêmen e Mar Vermelho.

O Ministério da Defesa do Reino Unido informou que jatos Typhoon FGR4s, da Força Aérea Real, atacaram Hodeidah e Ghulayfiqah, ao sul, ao descrever os alvos como “instalações de controle e armazenamento de drones de longa distância, além de armas superfície-ar”.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, alegou “autodefesa” em sua operação no exterior.

Inabalável

O movimento Houthi travou uma dura guerra contra Arábia Saudita por quase uma década, até a normalização, mediada pela China, entre Riad e Teerã — seu maior aliado regional.

Nos últimos meses, adotou uma postura de apoio prático aos palestinos de Gaza, ao instituir um embargo de facto no Mar Vermelho, apreendendo barcos ligados a Israel. Firmas de navegação então recorreram à rota muito mais extensa e onerosa do Cabo da Boa Esperança.

Em defesa da navegação mercantil, e apoio efetivo às ações israelenses, Estados Unidos e Reino Unido lançaram sucessivos ataques ao Iêmen, incitando receios de propagação da guerra.

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Operações houthis, realizadas desde novembro, abrangem águas territoriais no Mar Vermelho, no estreito de Bab al-Mandeb e no Golfo de Aden, ao exigir o fim do genocídio em Gaza, que já deixou 36 mil mortos e 80 mil feridos até então.

O Irã descreveu a coalizão ocidental como “agressora”, ao denunciar os ataques como “violação da soberania e integridade territorial do Iêmen, assim como das leis internacionais e de direitos humanos”.

Nasser Kanaani, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, responsabilizou ambos os países pelas “consequências dos crimes contra o povo iemenita”.

De acordo com a Administração Marítima dos Estados Unidos, os houthis lançaram ao menos 50 ataques contra a navegação comercial até então, resultando em três mortos, uma embarcação apreendida e um naufrágio.

Os ataques anglo-americanos, no entanto, não dissuadiram os houthis.

Nesta quarta-feira (29), as forças iemenitas reportaram disparos de alerta a um navio graneleiro de bandeira grega, e outras embarcações, como resposta imediata aos massacres de Israel a um campo de refugiados em Rafah, no extremo sul de Gaza.

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