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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Fluxo humanitário a Gaza cai 67% desde 7 de maio, alerta ONU

Palestinos aguardam socorro humanitário lançado de aviões, em meio aos bombardeios israelenses, no distrito de al-Mawasi, em Khan Yunis, Gaza, em 28 de maio de 2024 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou nesta quarta-feira (29) que as remessas humanitárias à Faixa de Gaza sofreram queda de 67% desde 7 de maio, quando forças israelenses fecharam a travessia de Rafah, na fronteira com o Egito.

“Nossos colegas do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) reportaram a continuidade de bombardeios israelenses indiscriminados a Gaza”, comentou Stephane Dujarric, porta-voz do Secretariado-Geral das Nações Unidas. “Incursões por terra e combates severos afetam as áreas norte, centro e sul”.

“O fluxo de assistência humanitária a Gaza desabou 67% desde 7 de maio” acrescentou Dujarric, ao atribuir a queda ao fechamento da travessia pelas forças ocupantes.

Segundo Dujarric, a escalada israelense impôs a interrupção dos serviços de numerosas instalações de saúde, além de coagir refugiados a novos deslocamentos, ao deteriorar ainda mais a devida distribuição de recursos à população carente.

LEIA: Egito nega alegações israelenses de túneis na fronteira com Gaza

Israel mantém ataques a Gaza desde outubro, deixando ao menos 37.170 mortos, 81.400 feridos e dois milhões de desabrigados.

Quase oito meses desde a deflagração do genocídio em Gaza, quase todo o território está em ruínas, sob um bloqueio militar que impede acesso a comida, água e medicamentos.

Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia, conforme denúncia da África do Sul. O Estado israelense, contudo, desacata medidas cautelares da corte ao impedir o fluxo humanitário e manter sua ofensiva a Rafah.

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