Israel retira tropas de Jenin sob forte pressão da resistência

Soldados israelenses se retiraram da cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada, nesta quinta-feira (30), horas após invadirem a área, ferindo seis residentes e deixando um rastro de destruição na infraestrutura civil, reportou a agência de notícias Safa.

Segundo as informações, a retirada se deu sob forte pressão da resistência orgânica palestina na comunidade, após sete horas de incursão militar na cidade de Jenin.

Fontes de saúde confirmaram seis rapazes baleados com munição real, transferidos a hospitais locais com ferimentos moderados.

Mais cedo, a imprensa local reportou a invasão de um grande número de soldados israelense na cidade de Jenin e seu campo homônimo, de diferentes direções, com auxílio de aviões e drones militares que sobrevoaram a comunidade a baixa altitude.

O palestino Muhammad al-Masry foi detido durante a invasão. Soldados da ocupação invadiram sua casa no distrito de Wadi Burqin.

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Tratores militares também destruíram propriedades, veículos e infraestrutura.

Tensões escalaram na Cisjordânia desde a deflagração do genocídio israelense na Faixa de Gaza, em 7 de outubro. Ao menos 519 palestinos foram mortos e cinco mil foram feridos em somente sete meses, além de 8.875 encarcerados arbitrariamente.

A maioria dos palestinos nas cadeias da ocupação permanecem em custódia sem julgamento ou sequer acusação — reféns, por definição.

Colonos ilegais realizam também reiterados ataques aos palestinos nativos, incluindo pogroms a aldeias e cidades, incorrendo em crime de limpeza de limpeza étnica.

Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ); seus líderes são investigados por crimes de guerra e lesa-humanidade pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) — ambos com sede em Haia, na Holanda.

As ações israelenses constituem crime de punição coletiva.

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