Manifestantes se reuniram em frente ao Ministério da Defesa do Japão, em Tóquio, nesta sexta-feira (31), ao reivindicar o fim da importação de drones militares fabricados em Israel, informou a agência de notícias Anadolu.
A manifestação, organizada pela Rede Contra o Comércio de Armas (NAJAT), pediu ao ministério que cesse a compra de drones de empresas israelenses, ao caracterizá-las como “mercadores da morte” pela testagem e uso de seus equipamentos sobre o povo palestino.
Em postagem no Twitter (X), um representante da NAJAT instou o governo a atender ao apelo público, ao reafirmar: “O Ministério da Defesa deveria ter vergonha.”
Paralelamente, uma petição online organizada por um grupo chamado Cidadãos Unidos com a Palestina instou a Kawasaki Heavy Industries a cancelar imediatamente seu contrato com a Israel Aerospace Industries, com 21 mil assinaturas até então.
Protestos semelhantes por desinvestimento e sanções tomarem corpo em vários países, como incluindo Austrália, Reino Unido, Estados Unidos e Brasil.
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Na Austrália, a Universidade de Melbourne se viu forçada a divulgar todas as informações sobre seu relacionamento com fabricantes de armas em meio a apelos pelo boicote a Israel.
No último domingo (26), Israel conduziu um novo massacre contra um campo de refugiados em Rafah, no extremo sul de Gaza, deixando dezenas de feridos, em desacato às ordens do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, para suspender as operações.
Imagens gráficas circularam online — incluindo corpos carbonizados de crianças —, dando novo fôlego às reivindicações por ruptura de relações com o Estado de apartheid.
No Brasil, um protesto nesta quinta-feira (30) ganhou tração em São Paulo, ao exigir do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que vá além do discurso e rompa laços com Tel Aviv. Uma carta de intelectuais e políticos somou-se à demanda.
Lula reconheceu o genocídio, formalizou apoio à denúncia sul-africana em Haia, contra Israel, e removeu nesta semana o embaixador brasileiro, Frederico Meyer, de Tel Aviv. No entanto, ainda procrastina uma ruptura de relações — como adotado por Colômbia em 1° de maio e Bolívia no último ano.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, deixando ao menos 37 mil mortos, 80 mil feridos e dois milhões de desabrigados.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.