O cartel conhecido como OPEP+ — que reúne membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados, como a Rússia — concordou neste domingo (2) em estender seus cortes na produção de insumos até o fim de 2025.
A única exceção foi Emirados Árabes Unidos.
O cartel alegou manter a medida para “preservar o equilíbrio e a estabilidade” dos mercados de petróleo e derivados em âmbito internacional.
Após encontro, a coalizão confirmou em nota “estender os cortes voluntários adicionais de 1.65 milhões de barris por dia (bpd) anunciados em abril de 2023 até dezembro de 2025”.
O cronograma de produção anexado ao comunicado demonstrou que todos os países da OPEP+ estabeleceram o mesmo nível requerido de produção em 2024 e 2025 — exceto Emirados, cujas taxas aumentaram em 300 mil bpd, alcançado 3.5 milhões de barris por dia.
Segundo a nota, os Emirados aumentarão sua produção gradualmente entre janeiro e setembro de 2025.
O cartel fez uma série de cortes na produção de petróleo desde o fim de 2022, como resposta a um aumento na exportação de países não-membros, como Estados Unidos, além de receios de demanda diante da crescente histórica nas taxas de juros.
Membros da OPEP+ adotam hoje uma redução total de 5.86 milhões de barris por dia, ou 5.7% da demanda global, segundo números monitorados por plataformas especializadas.
LEIA: 2023 e as relações entre América Latina e Oriente Médio: fatos estruturantes