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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Zelensky recua e diz reconhecer igualmente Israel e Palestina

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursa durante coletiva de imprensa em Kiev, em 29 de abril de 2024 [Vladimir Shtanko/Agência Anadolu]

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, insistiu que seu país reconhece igualmente Israel e Palestina, ao pedir um fim da ofensiva a Gaza e seguimento da solução de dois Estados.

Durante a Conferência de Diálogo de Shangri-La, em Singapura, neste domingo (2), Zelensky foi questionado por um jornalista sobre seu persistente apoio a Tel Aviv, sobretudo após a eclosão do genocídio em Gaza, desde outubro do último ano.

Sob invasão da Rússia desde fevereiro de 2022, Zelensky — populista de direita eleito em 2019 — vivencia sucessivas derrotas tanto em campo quanto na arena internacional, à medida que a crise na Faixa de Gaza tomou as manchetes nos últimos oito meses.

Zelensky alegou ofertar ajuda para a atenuar a crise em Gaza, sob cerco absoluto israelense há oito meses — sem comida, água, combustível ou medicamentos.

Contudo, insistiu: “Terroristas do Hamas [sic] atacaram civis em Israel, então Israel tem o direito de se defender [sic]”.

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A criminalização de Zelensky sobre o movimento palestino contradiz a lei internacional, que vê a resistência em todas as suas formas — inclusive a resistência armada, seja em Gaza ou Ucrânia — como legítima.

Zelensky afirmou que a posição de seu governo é “respeitar a lei internacional”.

“A Ucrânia reconhece ambos os Estados, tanto Israel como Palestina, e faremos tudo que possa estar em nosso poder para convencer Israel a parar, dar fim ao conflito e evitar o sofrimento de civis”, acrescentou o presidente.

Zelensky então descreveu a Ucrânia como “apenas um país [que] adere às leis internacionais e à Carta da ONU”.

O presidente do Estado europeu tomado por trincheiras declarou ainda ter convidado ambos os lados — israelenses e palestinos — a uma cúpula global de paz prevista para 15 e 16 de junho, em Burgenstock, na Suíça.

Os ataques israelenses a Gaza deixaram 32 mil mortos e 80 mil feridos em oito meses, além de dois milhões de desabrigados. Entre as mortes, cerca de 15 mil são crianças.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, têm mandados de prisão requeridos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, sob avaliação de uma câmara pré-julgamento.

Caso emitidos oficialmente, os mandados os colocam junto do presidente russo, Vladimir Putin, também sob sanções internacionais.

A Ucrânia, ainda como república soviética, reconheceu a Palestina independente em novembro de 1988. A Palestina, por sua vez, reconheceu a Ucrânia como Estado soberano em fevereiro de 1992, após o colapso da União Soviética.

Outros 140 países reconhecem o Estado da Palestina — mais recentemente, Irlanda, Espanha e Noruega.

As ações israelenses em Gaza são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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