A empresa nacional israelense de fornecimento de água, Mekorot, cortou serviços às províncias de Belém e Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, reportou a agência de notícias Ma’an.
A Autoridade de Águas da Palestina confirmou a redução em 35% do fornecimento dos insumos hídricos de Deir Sha’ar, fonte que abastece ambas as províncias, em comunicado emitido nesta quarta-feira (5).
Conforme a instituição palestina, a Mekorot cortou completamente o bombeamento por horas, impactando negativamente toda a região sul dos territórios palestinos ocupados, assim como a província de Hebron e áreas vizinhas — vitimadas por pogroms coloniais há meses.
A interrupção agravou ainda mais a crise vigente em muitas comunidades nativas, ao dificultar o acesso às cotas de água acordadas entre Autoridade Palestina e ocupação.
Grupos de direitos humanos denunciam Israel por impor um “apartheid da água” nas cidades e aldeias da Palestina ocupada.
Segundo relatório da ong al-Haq, publicado em 2022, ações como essas constituem um “ataque sistemático aos direitos do povo palestino a água e saneamento, pondo ativamente em risco a saúde da população e tornando refém a economia palestina”.
Palestinos sob ocupação ilegal são obrigados a requerer um alvará das autoridades coloniais até mesmo para escavar ou reformar um poço em suas próprias terras. O processo é rotineiramente indeferido.
Em contrapartida, colonos ilegais “não apenas não enfrentam tais restrições, como usufruem do privilégio de desperdiçar a água, seja na irrigação de campos ou no uso de suas piscinas”.
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