A moeda israelense (shekel) manteve tendência de queda, ao registrar um declínio de 0.6% em relação ao dólar em apenas 24 horas, nesta quarta-feira (5), após o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alegar prontidão para ampliar a guerra em direção ao Líbano.
Israel mantém disparos ao sul do Estado levantino há quase nove meses, sob a resposta armada do movimento Hezbollah. Declarações recentes de oficiais israelenses, incluindo ministros e até mesmo o chefe do exército, reacenderam receios de propagação da guerra.
A moeda israelense bateu índices de 3.73 ILS para cada dólar.
Conforme a rede local The Calcalist, investidores no mercado israelense continuam a monitorar com apreensão a situação de segurança na fronteira palestino-libanesa, após disparos do grupo Hezbollah contra o colonato israelense de Kiryat Shmona.
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Tensões levaram a uma queda vertiginosa de 35 pontos na Bolsa de Ações de Tel Aviv.
A recente escalada no front norte é considerada a pior desde a guerra aberta entre Hezbollah e Israel em 2006, quando dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados da fronteira tiveram de deixar a área.
Israel adota uma rigorosa economia de austeridade para manter sua guerra em Gaza, somada à pressão comercial pelo embargo iemenita no Mar Vermelho e sanções internacionais, incluindo uma onda recente no corte de acordos ou mesmo de relações comerciais.
O genocídio em Gaza — com 36 mil mortos e 82 mil feridos até então — pode levar a uma série de sanções internacionais análogas ao processo que levou à queda do regime de apartheid na África do Sul.
A população israelense já registra recordes de pobreza diante de sucessivos cortes em serviços e subsídios públicos. Em contrapartida, a reconstrução de Gaza pode levar décadas.