Massacre em Nuseirat é prova do genocídio israelense em Gaza, afirma Cuba

O ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, condenou neste domingo (9), “nos mais firmes termos”, o massacre cometido por Israel no dia anterior no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza.

Em postagem na rede social X (Twitter), Rodriguez descreveu o incidente como “mais uma prova do genocídio conduzido por Israel com impunidade contra o povo da Palestina”.

Rodriguez viajou à Rússia, onde participou de encontros de política externa do grupo dos Brics e se reuniu com o chanceler egípcio, Sameh Shoukry, entre outros oficiais estrangeiros.

Previamente, ao comentar o convite do Congresso dos Estados Unidos ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para discursar no plenário, Rodriguez descreveu a agressão a Gaza como “o maior crime do século XIX”.

O massacre em Nuseirat deixou 274 mortos e 698 feridos — dentre as fatalidades, ao menos 64 crianças e 57 mulheres.

Relatos indicam o uso ilegal de caminhões assistenciais para permitir a infiltração dos soldados israelenses entre a população civil, após aportarem em Gaza através do píer provisório instalado pelos Estados Unidos, para supostos fins humanitários.

Israel justificou suas ações para resgatar quatro reféns, ao calcular as baixas civis resultantes do ataque. Conforme as Brigadas al-Qassam, braço armado do grupo Hamas, outros prisioneiros de guerra, no entanto, foram mortos pela ofensiva israelense na ocasião do ataque.

Logo após o incidente, devido à escassez de recursos por conta do prolongado cerco israelense, o Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, em Deir al-Balah, vivenciou instantes de caos, à medida que ambulâncias traziam numerosos feridos.

De acordo com um porta-voz do Crescente Vermelho, organização parceira da Cruz Vermelha, “a chacina israelense ceifou dezenas de vidas”, diante do colapso do sistema de saúde.

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Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, apesar de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança e medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, para evitar o crime de genocídio e permitir a ajuda humanitária.

A campanha israelense deixou 37.100 mortos e 84.700 feridos, sobretudo mulheres e crianças, além de dois milhões de desabrigados. As ações de Israel em Gaza constituem punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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