O Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP), coletivo da Universidade de São Paulo (USP), convoca nesta quarta-feira, 12 de junho, uma aula pública com Jamal Juma, ativista palestino da Campanha Popular contra o Muro do Apartheid (Stop the Wall) e do movimento internacional por Boicote, Desinvestimento e Sanção (BDS) contra Israel.
O evento está marcado para as 14 horas, na Sala 8 do prédio de Ciências Sociais da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).
Sob o título “Oito meses de genocídio em Gaza: Boicote, desinvestimento e sanções contra o apartheid israelense e o papel das universidades brasileiras”, a palestra deve abordar os esforços da sociedade civil contra a colonização e a ocupação na Palestina histórica no presente contexto, incluindo a onda de ativismo pró-Palestina que tomou os campi internacionais — com acampamentos na USP e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Jamal Juma nasceu em Jerusalém e passou a militar após sua passagem pela Universidade de Birzeit. Desde a Primeira Intifada, concentra-se no ativismo de base.
Juma é coordenador do movimento Stop The Wall desde 2002 e da Coalizão por Defesa da Terra desde 2012. Participou de várias conferências da sociedade civil e da Organização das Nações Unidas (ONU), onde costuma tratar da questão palestina e do Muro do Apartheid.
Jamal Juma tem artigos e entrevistas traduzidos em diversos idiomas.
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É também membro fundador dos Comitês de Auxílio aos Agricultores Palestinos, da Associação Palestina para Intercâmbio Cultural e da ong Rede Ambiental Palestina.
A campanha de BDS e outros movimentos de base da sociedade palestina, no país e na diáspora, denunciam o apartheid israelense e pedem contramedidas nos moldes da luta contra o apartheid na África do Sul.
Além do genocídio em curso na Faixa de Gaza — com 37 mil mortos e 84 mil feridos —, Israel mantém uma violenta ocupação na Cisjordânia, incluindo pogroms a cidades e aldeias.
O território é cortado por um muro de concreto de 9 metros de altura que divide comunidades nativas, impede o direito de ir e vir e anexa terras a assentamentos ilegais exclusivamente judaicos. Apesar de denúncias internacionais, o muro continua avançando.
O evento será também transmitido pelas redes do Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP).