Genocídio em Gaza alimenta boom na venda de armamentos testados em campo

O genocídio israelense na Faixa de Gaza sitiada se tornou uma vitrine lucrativa para startups do Estado ocupante. Apesar de apelos por boicote e desinvestimento, que tomaram universidades em todo o mundo, empresas israelenses obtiveram US$1 bilhão em maio, atingido o índice pelo segundo mês consecutivo, revelou a rede de notícias MintPress.

Experts explicaram à reportagem que o emprego de armamentos avançados — incluindo drones kamikaze, metralhadores por inteligência artificial e cães-robô —, desde outubro passado, não apenas devastou o território, como serviu de laboratório a companhias israelenses.

O rótulo de tecnologia “testada em batalha” — isto é, sobre civis palestinos — atraiu mercados de todo o mundo, apesar das numerosas violações da lei internacional, comentou Neve Gordon, professor israelense da Universidade Queen Mary de Londres.

“Esta indústria opera no mercado da morte”, reiterou Gordon. “Portanto, o que nós enxergamos como algo chocante, é para eles animador”.

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A indústria armamentista de Israel é alimentada por investimentos substanciais do governo em startups de tecnologia, além de bilhões de dólares dos Estados Unidos, e envolve setores como segurança, educação e outros, em uma sociedade altamente militarizada.

Jeff Halper, autor de War Against the People (Guerra contra o povo), alerta que o movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) deve dar ênfase a startups de tecnologia que operam eventualmente “mais ou menos sob o radar”.

A reportagem cita algumas empresas cujos produtos são aplicados no assassinado da população palestina em Gaza:

Israel mantém ataques a Gaza desde 7 de outubro, apesar de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança e medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, para evitar o crime de genocídio e permitir a ajuda humanitária.

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Empresas que auxiliam o genocídio podem ser implicadas no processo de Haia.

A campanha israelense deixou 37.100 mortos e 84.700 feridos até então, sobretudo mulheres e crianças, além de dois milhões de desabrigados.

As ações de Israel em Gaza constituem punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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