O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, viajará “em breve” aos Estados Unidos para se reunir com seu homólogo americano, Lloyd Austin, reportou o Pentágono na última semana, segundo informações da agência de notícias Anadolu.
“Durante seu telefonema com o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, em 11 de junho, o secretário da Defesa o convidou a visitar o Pentágono para ampliar o debate sobre os eventos de segurança em curso no Oriente Médio”, declarou Pat Ryder, porta-voz do Pentágono, na rede social X (Twitter).
“O ministro Gallant aceitou o convite e viajará aos Estados Unidos em breve”, acrescentou. “Data e hora a serem definidas”.
Em sua conversa, os chefes militares supostamente discutiram esforços de desescalada na fronteira israelo-libanesa, “diante do aumento da agressão do Hezbollah”.
Austin parabenizou Gallant por um massacre contra o campo de refugiados de Nuseirat, em Gaza, que resultou em 270 palestinos mortos e 700 feridos, sob o pretexto de resgatar quatro prisioneiros de guerra em custódia do Hamas.
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O gabinete de Gallant confirmou a viagem — sua segunda ao país no contexto do genocídio em Gaza. Não há confirmação de sua agenda, espera-se, no entanto, que antecipe a visita do premiê Benjamin Netanyahu, que deve discursar no Congresso em 24 de julho.
Questionado sobre as baixas civis, o Pentágono repetiu “profunda apreensão” sobre os relatos, porém sem ações efetivas. “É algo que vamos continuar tratando junto aos israelenses”, declarou Sabrina Singh, vice-secretária de imprensa do Pentágono, a jornalistas.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação transfronteiriça do Hamas, que capturou colonos e soldados.
Em Gaza, são 37 mil mortos e 85 mil feridos até então.
Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, em desacato de medidas cautelares da corte para permitir o fluxo humanitário e suspender suas ações em Rafah, no extremo sul do enclave.
Gallant, junto de Netanyahu, tem um mandado de prisão requerido pela promotoria do Tribunal Penal Internacional (TPI), também em Haia, a ser analisado por um painel de juízes.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.