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Consulado de Israel pressiona, e Câmara de SP cancela seminário sobre Palestina

Vereadora responsável, Luna Zarattini, denuncia ato de censura após debate sobre cessar-fogo e genocídio ser suspenso por ‘preocupações expressadas’ por representação israelense
Manifestantes protestam em frente a Câmara Muncipal de São Paulo contra censura de seminário a respeito da Palestina [Frente Palestina SP]

Após pressão do Consulado de Israel no Brasil, a Câmara Municipal de São Paulo cancelou a realização do “Seminário sobre a situação da Palestina e o Partido dos Trabalhadores”, que deveria acontecer na noite da última terça-feira (25/06).

O evento estava marcado para às 19h na Sala Oscar Pedroso Horta. No entanto, no final da tarde a vereadora Luna Zarattini (PT), organizadora da iniciativa, foi comunicada sobre a suspensão do seminário por meio de um comunicado enviado pelo presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil).

Ao receber o ofício, Zarattini denunciou o ato da Câmara em suas redes sociais, classificando a suspensão do seminário como censura.

“Absurdo! Por que censurar um debate sobre uma questão humanitária urgente e de importância mundial? Precisamos debater os caminhos para o cessar-fogo imediato, em busca da paz e pelo fim de qualquer genocídio”, escreveu a vereadora.

Zarattini ainda afirmou que a Câmara Municipal “que se diz “a casa do povo” deveria ser um espaço democrático”, mas promove censura sobre a questão palestina.

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saopaulo.sp.leg.brVereadora Luna Zarattini ainda afirmou que a Câmara Municipal “que se diz “a casa do povo” deveria ser um espaço democrático”, mas promove censura sobre a questão palestina

O comunicado enviado por Leite informava a suspensão do seminário “considerando as preocupações expressas pelo Consulado Geral de Israel em São Paulo”.

Além disso, apresentava o objetivo de “garantir uma análise detalhada dos aspectos relacionados ao evento, assegurando que todas as atividades promovidas na Casa estejam alinhadas aos princípios de respeito, diplomacia e segurança pública”.

O documento foi finalizado ao informar que a realização do evento deve ser impedida “até que a análise e a averiguação estejam completas”.

Publicado originalmente em Opera Mundi 

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