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Irã alerta Israel para ‘guerra avassaladora’ em caso de ataque ao Líbano

Profissionais da defesa civil contêm incêndio deflagrado por bombardeio israelense à região de Sheeba, no sul do Líbano, em 26 de junho de 2024 [Ramiz Dallah/Agência Anadolu]
Profissionais da defesa civil contêm incêndio deflagrado por bombardeio israelense à região de Sheeba, no sul do Líbano, em 26 de junho de 2024 [Ramiz Dallah/Agência Anadolu]

Por meio de sua missão nas Nações Unidas, o Irã advertiu Israel contra uma “agressão militar em larga escala” no Líbano, ao antever como consequência o que descreveu como uma “guerra avassaladora” na região. As informações são da agência Al Jazeera.

“Todas as opções, [incluindo] o envolvimento total de todas as frentes de resistência, estão sobre mesa”, declarou a missão em uma postagem na rede social X (Twitter) na noite de sexta-feira (28), referindo-se aos grupos regionais alinhados ao Irã.

Segundo o alerta, no entanto, as ameaças de Israel até então são “guerra psicológica” e “propaganda”.

Israel mantém ataques contra o sul do Líbano desde outubro, sob o pretexto de tentar dissuadir o Hezbollah de intervir contra o genocídio em Gaza.

O movimento libanês intensificou seus lançamentos retaliatórios nas últimas semanas, ao fomentar novamente apreensões de propagação da guerra.

Os disparos israelenses contra aldeias e cidades libanesas incluem fósforo branco, substância química proibida que causa queimaduras graves e destruição ambiental.

Ambos os lados destacaram recentemente terem desenvolvido planos de combate.

Segundo um porta-voz do exército israelense, conforme comunicado emitido na manhã deste sábado (29), suas tropas conduziram uma série de ataques a alvos do Hezbollah no sul do Líbano.

“Nas últimas horas, aviões de guerra atacaram vários alvos do Hezbollah, incluindo uma localidade militar na área de Zabqin, dois postos de infraestrutura operacional na área de Khiam e um edifício na área de al-Adissa [Odaisseh]”, alegou o jornal israelense Yedioth Ahronoth.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, insistiu que seu país não quer travar uma guerra contra o Hezbollah, mas que o exército está pronto para isso.

“Estamos trabalhando em uma solução política. Essa é sempre a melhor opção”, declarou Gallant, sob pressão externa e possível mandado de prisão no Tribunal Penal Internacional (TPI), ao visitar suas tropas na zona de fronteira.

Nesta semana, em viagem aos Estados Unidos, contudo, ameaçou Gallant: “O Hezbollah sabe muito bem que podemos infligir danos massivos ao Líbano em caso de guerra”.

O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, advertiu para uma guerra com “sem restrições ou normas”, no caso de uma ofensiva israelense contra o Líbano.

Em meio às crescentes tensões, vários países, incluindo Alemanha, Canadá, Holanda e Estados Unidos, pediram a seus cidadãos que saíssem ou evitassem viajar para o Líbano.

LEIA: ‘Mais perto do que nunca’: Inteligência dos EUA prevê guerra Israel—Hezbollah

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