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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

‘Atirem na cabeça’, diz ministro israelense sobre prisioneiros palestinos

O ministro israelense da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir: Os prisioneiros palestinos devem ser mortos com um tiro na cabeça e, até que essa lei seja aprovada, daremos a eles pouco para viver.
Ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, em Jerusalém Oriental, 5 de fevereiro de 2024 [Kobi Wolf/Bloomberg via Getty Images]

O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, sugeriu execução sumária dos prisioneiros palestinos nas cadeias ocupação, ao declarar em vídeo divulgado neste domingo (30): “Atirem na cabeça em vez de lhes dar comida”.

O ministro e militante colonial condenou apelos de direitos humanos: “É uma vergonha que temos de lidar, nos últimos dias, com a questão se os presos palestinos merecem ou não receber cestas de frutas”.

Ben-Gvir enfatizou seu apoio a um projeto de lei proposto por seu partido supremacista Otzma Yehudit (Poder Judeu) para executar prisioneiros palestinos, a fim de “solucionar” a superlotação carcerária.

“Deveriam ser todos mortos com um tiro na cabeça”, reiterou Ben-Gvir. “Nosso projeto de lei para executar os prisioneiros palestinos tem de ser aprovado, em sua terceira leitura no Knesset [parlamento]”.

LEIA: Jornalista de Gaza denuncia catálogo de abusos em custódia de Israel

“Até lá, daremos o mínimo de comida para que sobrevivam — eu não me importo”, acrescentou.

Recentemente, a Comissão de Assuntos dos Prisioneiros e Ex-prisioneiros Palestinos e o Clube dos Prisioneiros Palestinos — organizações que monitoram a pauta dos prisioneiros políticos nas cadeias da ocupação — estimaram 9.450 palestinos mantidos em custódia da ocupação.

Os números excluem os prisioneiros de Gaza, desaparecidos na rede carcerária do exército ocupante.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há nove meses, deixando 37.877 mortos, 86.969 feridos, além de dois milhões de desabrigados.

LEIA: Morre 36 Palestinos torturados em prisões israelenses

Na Cisjordânia, agentes israelenses escalaram esforços de violência colonial, incluindo uma campanha de prisão em massa e pogroms a cidades e aldeias.

Israel libertou hoje 54 prisioneiros palestinos capturados na área leste, centro e sul de Gaza, incluindo o dr. Mohammed Abu Salmiya, diretor do Hospital al-Shifa, maior complexo de saúde do enclave sitiado, destruído por Israel em duas ocasiões.

Abu Salmiya, detido por sete meses sem qualquer indiciamento formal, apesar de três audiências militares, denunciou tortura sistemática.

A maioria dos prisioneiros palestinos permanece em custódia sob detenção administrativa, isto é, sem julgamento ou sequer acusação — reféns, por definição.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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