O Comitê Islâmico-Cristão em Apoio a Jerusalém e seus Santuários advertiu que Israel vem intensificando sua política para coagir os palestinos nativos a demolirem suas próprias casas.
Em nota divulgada neste domingo (30), o comitê denunciou uma aceleração sem precedentes no número de palestinos de Jerusalém forçados a demolir suas residências desde janeiro, com dezenas de ocorrências.
Israel adota o pretexto de que as construções — frequentemente habitadas por gerações e gerações — carecem de alvarás emitidos pela ocupação, cuja aprovação aos palestinos é sistematicamente discriminada.
Segundo o alerta, trata-se de parte das políticas de limpeza étnica da ocupação israelense, ao buscar esvaziar a cidade dos palestinos nativos a fim de assegurar uma supremacia judaica.
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A comissão destacou que a escalada coincide com a expansão dos assentamentos ilegais, incluindo construção de milhares de unidades coloniais, em diversos bairros de Jerusalém, além de ataques aos santuários islâmicos e cristãos.
O comitê pediu à comunidade internacional que “rompa seu silêncio” para intervir efetivamente na crise e cessar os esforços de genocídio e limpeza étnica aos quais os palestinos são submetidos, ao dissuadir Israel de cometer seus crimes.