Colonos israelenses poluíram hoje a fonte de Al-Auja, ao norte da cidade de Jericó, na Cisjordânia ocupada, despejando resíduos nela.
O supervisor geral da Organização Al-Baydar de Defesa dos Direitos dos Beduínos, Hassan Malihat, relatou que o objetivo dos colonos era contaminar a água da fonte, privando os palestinos locais de água potável.
Além disso, de acordo com a agência de notícias Wafa, as autoridades de ocupação israelenses aplicaram multas a tratoristas beduínos de comunidades próximas que tentavam coletar água para beber e para o gado.
Malihat enfatizou que o despejo de resíduos na água da nascente representa riscos imediatos e de longo prazo à saúde dos residentes locais, além de uma ameaça ambiental significativa. Ele enfatizou que esse ato é uma violação dos regulamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do direito humanitário internacional.
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Nos últimos anos, os moradores de Al-Auja sofreram com as campanhas israelenses de demolição e perseguição, além de repetidos ataques e violações por parte dos colonos e soldados da ocupação.
As autoridades de ocupação negam aos moradores o acesso a serviços básicos devido à sua localização na “Área C” da Cisjordânia ocupada, que é uma terra palestina sob controle administrativo e militar de Israel.
Desde a Naksa de 1967, Israel ocupa a Cisjordânia do Rio Jordão, que os palestinos buscam como o núcleo de um Estado independente. Lá, construiu assentamentos ilegais somente para judeus.
Israel intensificou as incursões na Cisjordânia desde o início da guerra de Gaza em outubro. Os registros das Nações Unidas mostram que pelo menos 553 pessoas no território palestino foram mortas desde 7 de outubro, um quarto delas crianças.
De acordo com a lei internacional, tanto a Cisjordânia quanto Jerusalém Oriental são territórios ocupados. Toda construção de assentamentos é, portanto, ilegal.