Um documento vazado do Ministério da Inteligência expôs o plano do regime israelense de deslocar os residentes palestinos da Faixa de Gaza para o Egito. Datado de outubro do ano passado, o plano refere-se à transferência “forçada” de residentes do enclave palestino para o Sinai, que terá “resultados estratégicos positivos e de longo prazo”.
O documento descreve um processo de três estágios, que envolve o estabelecimento de cidades de tendas no Sinai, a abertura de um corredor humanitário, a construção de cidades no Sinai do Norte e a proibição de que as pessoas deslocadas retornem a qualquer atividade ou residência perto da fronteira israelense. O ministro israelense da Inteligência, Gila Gamliel, aparentemente apoia fortemente o plano de deslocamento forçado e recomendou que ele fosse implementado no final da guerra.
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Essa é vista como a opção “preferida” das três propostas para o futuro dos palestinos na Faixa de Gaza. As evacuações, recomenda-se, devem ocorrer mesmo enquanto a guerra estiver em andamento, com estados estrangeiros liderados pelos EUA implementando-as. Diz-se que o deslocamento total é o resultado desejado da guerra e, uma vez deslocados, os palestinos não terão permissão para voltar para suas casas em Gaza.
Um funcionário do Ministério da Inteligência confirmou que o documento era autêntico e foi distribuído em nome da divisão de políticas do ministério e não deveria chegar à mídia. No entanto, o site Calcalist obteve uma cópia do documento e a publicou.