Um membro do gabinete político do Hamas acusou Israel de tentar fugir das negociações para um cessar-fogo e troca de prisioneiros. Husam Badran acrescentou na quarta-feira que o regime de ocupação está tentando desviar a atenção desse fato óbvio.
“Estamos empenhados em chegar a um acordo para interromper a guerra, e nossa comunicação com os mediadores continua”, explicou Badran. “Trocamos algumas ideias com os mediadores com o objetivo de parar a guerra e concordar com uma retirada abrangente [israelense] da Faixa de Gaza.”
Ele observou que o “inimigo” sabe que pressionar a liderança do movimento e fazer ameaças constantes é inútil. “Somos o partido mais interessado em acabar com a guerra e estamos mais preocupados em alcançar as demandas básicas de nosso povo, sobre as quais há um consenso nacional.” A autoridade do Hamas também acusou Biden e as administrações anteriores em Washington de serem “completamente tendenciosos” em favor do estado de ocupação.
O New York Times citou autoridades na terça-feira e disse que o Catar enviou ao Hamas novas emendas à proposta dos EUA para um acordo de troca de prisioneiros.
No entanto, citando fontes não identificadas, o canal Kan de Israel informou que “o Hamas acrescentou uma nova condição às negociações, que é a retirada do exército do eixo da Filadélfia ao longo da fronteira egípcia com a Faixa de Gaza”.
O número de palestinos mortos por Israel em Gaza agora chega a 38.000, com quase 90.000 feridos e cerca de 10.000 desaparecidos, supostamente mortos, sob os escombros de suas casas destruídas pelas forças de ocupação.