Bolsonaro é indiciado no caso das jóias sauditas

A Polícia Federal indiciou, na quinta-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de apropriar-se indevidamente de jóias e artigos de luxo presenteados pela Arábia Saudita e que pertencem ao Estado brasileiro, porque foram recebidos na condição de chefe de Estado.

As jóias foram avaliadas em US$ 3,2 milhões e incluíam um colar de diamantes, um anel, um relógio e brincos dados a Bolsonaro e à ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, pelo governo saudita.

A notícia repercutiu internacionalmente, com a Reuters lembrando que esta é a segunda vez que a polícia acusa formalmente Bolsonaro de um crime, lembrando que, em março, ele foi acusado de falsificar os registros de sua vacina contra a COVID-19.

O conjunto de jóias foi recebido por Bolsonaro durante sua visita oficial à Arábia Saudita, em outubro de 2019. Algumas das joias foram apreendidas por funcionários da alfândega no aeroporto internacional de São Paulo em outubro de 2021, quando foram encontradas na mochila de um assessor do governo que retornava de Riad.

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A polícia acusou Bolsonaro de lavagem de dinheiro, associação criminosa e peculato, de acordo com uma das fontes, que falou à Reuters sob condição de anonimato.

Com ele, foram indiciados por suposto envolvimento no caso, o ex-assessor de campo de Bolsonaro, Mauro Cesar Cid;  o general Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid; os ex-ajudantes de ordens, Osmar Crivelatti e Marcelo Costa Câmara; o advogado Frederick Wassef, o porta-voz, Fabio Wajngarten, o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, seu chefe de gabinete, José Roberto Bueno Junior; seu assessor, Marcos André dos Santos Soeiro; o ex-chefe da Receita Federal,Julio Cesar Vieira Gomes; o ex-chefe do setor de documentação histórica, Marcelo da Silva Vieira.

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