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Fontes de segurança israelenses acusam Netanyahu de obstruir acordo de troca de prisioneiros

Milhares de pessoas segurando faixas e bandeiras israelenses se reúnem durante uma manifestação para exigir um acordo de troca de reféns com Gaza e a demissão do governo liderado por Benjamin Netanyahu, em Tel Aviv, Israel, em 22 de junho de 2024. [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu].

Autoridades israelenses envolvidas nas negociações para concluir um acordo de troca de prisioneiros com o Hamas disseram ontem que ficaram “surpresas” com os termos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para tal acordo, alegando que os “novos termos” representam dificuldades para as negociações com o Egito sobre o futuro do Corredor Filadélfia após a invasão israelense de Rafah.

O site Ynet citou um oficial de segurança dizendo que Netanyahu emitiu suas condições para o acordo a fim de obstruir as negociações com o Egito e prejudicar a possibilidade de um acordo de troca de prisioneiros.

“Esse comportamento não é apropriado e prejudicará as perspectivas de retorno das pessoas sequestradas para casa”, acrescentou.

“Há também a questão do momento. Se você emitiu a declaração [sobre as condições das negociações] antes do início das deliberações no gabinete [de Netanyahu], por que as deliberações estavam sendo realizadas?”, perguntou ele.

LEIA: “Netanyahu não quer cessar-fogo pois sabe que amanheceria na prisão” – Entrevista com Basem Naim, dirigente do Hamas

Uma delegação de segurança israelense foi para o Cairo ontem, liderada pelo chefe do Shin Bet, Ronen Bar, juntamente com o diretor político-militar do Ministério da Defesa, Dror Shalom, o diretor estratégico militar, Eliezer Toledano, e o coordenador das atividades governamentais nos territórios ocupados, Ghassan Alian.

As conversações no Cairo tratarão do futuro da passagem de fronteira de Rafah, e espera-se que Israel solicite a construção de um “obstáculo subterrâneo” no Corredor Filadélfia, com o objetivo de impedir a transferência de armas para a Faixa de Gaza.

Em uma declaração emitida no domingo, Netanyahu afirmou que sua “firme insistência contra a tentativa de impedir a operação do exército israelense em Rafah foi o que forçou o Hamas a entrar em negociações

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