O recém-nomeado ministro das Relações Exteriores da África do Sul, Ronald Lamola, disse na quinta-feira que seu país continuará a agir dentro das instituições globais para proteger os direitos do povo palestino e garantir a aplicação justa do direito internacional para todos, informa a Agência Anadolu.
Em sua primeira discussão pública sobre política externa na Cidade do Cabo desde sua nomeação no início do mês, Lamola disse: “A África do Sul continuará a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para preservar a existência do povo palestino como um grupo”.
Ele também disse que o país trabalhará com instituições globais para garantir o fim de todos os atos de apartheid e genocídio perpetrados contra o povo palestino.
Lamola disse que a África do Sul caminhará com os palestinos em direção à realização de seu direito coletivo à autodeterminação e que isso é informado pelo caso de genocídio do país contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça.
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O diplomata de alto escalão, que anteriormente foi ministro da Justiça e dos Serviços Correcionais, disse que a África do Sul continua a levantar a situação dos palestinos por meio de várias plataformas multilaterais, incluindo a ONU, pedindo acesso à ajuda humanitária para o povo de Gaza.
A África do Sul também liderou o encaminhamento de seis países sobre a situação na Palestina ao Tribunal Penal Internacional.
“Como nossa política externa está ancorada em nossa história de solidariedade com aqueles que lutam contra a opressão e a ocupação, continuaremos a apoiar o povo do Saara Ocidental em sua busca pela autodeterminação”, disse Lamola.
O ministro também pediu à ONU que tome medidas urgentes para a realização do referendo há muito prometido sobre a autodeterminação da disputada região do Saara Ocidental.
Ele disse que o multilateralismo é outra política fundamental da África do Sul, que capitalizou sua participação em vários fóruns internacionais para avançar a agenda africana e trabalhar para criar um sistema multilateral mais baseado em regras e um mundo mais justo e equitativo.
Lamola disse que a África do Sul tem defendido consistentemente a reforma das instituições de governança global, como o Conselho de Segurança da ONU, que não reflete as atuais realidades políticas e econômicas globais e precisa ser mais representativo e sensível às necessidades do Sul Global.